A história mitológica da constelação de Touro


Esse texto foi escrito com todo o cuidado e carinho por um autor convidado. O conteúdo é da sua responsabilidade, não refletindo, necessariamente, a opinião do WeMystic Brasil.
O signo Touro representa a terra fixa e o poder de individuação enraizado, ao trazer substância e profundidade aos impulsos gerados em Áries, ao operar em termos de alma.
Touro é um dos animais de poder mitológico e aparece em vários mitos divinos. Sua constelação é das mais antigas. Ápis o Boi de Mênfis, era cultuado como a maior veneração pelos egípcios.
Osíris e Isis foram consideradas as máximas divindades no Antigo Egito. No mito são induzidos a descer à Terra levando dádivas e bênçãos, como o uso do trigo e cevada, por exemplo, os instrumentos de lavoura, e ainda, sobre a organização das leis, e instituições do matrimônio e organização civil.
Ou seja, as bases administrativas da sociedade agro-pastoril. Disto pode-se inferir os significados arquetípicos do signo de Touro, como base da administração, manutenção e conservação material, necessários à prosperidade e vida.
A vida no Egito dependia das Cheias do Rio Nilo. E vem daí o fundamento vital de toda a cosmogonia sagrada e religiosa de seu tempo.
Havia referências ao touro enquanto animal de poder nos mitos religiosos em diversas cosmologias relacionado à força, potência, poder e fertilidade.
Poseidon o deus grego da fertilidade, marido da grande Mãe-Terra era venerado em forma de touro.
Zeus, transformava-se na imagem de um touro, quando investia em conquistas e seduções. Como quando se apaixonou pela bela filha de um rei, chamada Europa, e apareceu na imagem de um touro branco conseguindo encantá-la.
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O mito de Europa
No mito, ela o enfeita com flores, suas amigas fogem, e ela é levada até Creta em seu dorso. Zeus uniu-se a ela, casaram-se e tiveram alguns filhos. Entre estes, Minos o futuro rei de Creta. Após a sua morte, Europa foi considerada uma divindade e em sua homenagem surge a constelação de Touro.
O estágio do signo de Touro revela a riqueza e a fecundidade, as necessidades e os prazeres do corpo. Tão fundamentais à construção e manutenção de estruturas que suportem a vida.
Outra narrativa muito associada ao signo de Touro é o Labirinto do Minotauro.
Minos, o filho de Europa e Zeus, tornou-se o poderoso rei de Creta. E por ter ofendido Poseidon que antes o protegia, havia perdido a sua sorte. Poseidon havia concordado em tornar Minos soberano dos mares e esse lhe oferecesse em sacrifício um magnífico touro branco. O rei Minos não querendo se desfazer do seu touro, escondeu-o entre o rebanho e substituiu-o por um animal inferior. Ofendido, Poseidon pede a ajuda de Afrodite para se vingar. E ela fez com que a esposa de Minos, Pasifae se apaixonasse pelo touro. Da união nasce Minotauro, um monstro com cabeça de touro e corpo de homem. Dédalo um artesão extremamente habilidoso havia fugido para Creta devido a um crime cometido. E havia sido recebido por Minos de quem obteve proteções. E para esconder o Minotauro, Pasífae pede a ele a construção do Labirinto.
No Livro o Tarô mitológico há um paralelo interessante na trajetória do artesão Dédalo em sua jornada de altos e baixos, com o Naipe de Ouros. Os mitos não fazem julgamento de moral, apenas discorrem sobre os fatos e narrativas movidas pelas paixões humanas, e muitas vezes com finais surpreendentes.
Dédalo sofre às punições dos crimes, em momentos de pobreza, exílio ou humilhações, e novos ciclos se iniciam. Momentos de escolhas difíceis ocorrem o tempo todo, entre a decisão pelo mundo seguro do que já foi construído, e às possibilidades e riscos das novas propostas, que em erro, poderiam levar à ruína.
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