O que as religiões dizem sobre a morte
Mesmo quem não costuma praticar uma religião acaba buscando uma para seguir em um momento de luto. Isso porque a religião pode trazer a calma que a alma de quem ainda vive precisa. É na religião que muitas vezes se encontra alento para viver aquele luto que é tão dolorido.
Mas você sabe o que as religiões dizem sobre a morte? Hoje separamos uma lista com as religiões mais praticadas no mundo e o que elas dizem sobre o que acontece quando deixamos de viver neste plano.
A morte no Budismo
No Budismo existe a crença de que vida e morte são uma unidade e que portanto não se separam. Para aqueles que seguem esta religião, a cada instante tudo está nascendo e morrendo e que dentro da imensidade do universo, nós, seres humanos estamos em um movimento e carregamos conosco uma personalidade que é perecível.
No budismo não há um eu eterno. Segundo a crença budista, pessoas nascem, morrem e renascem, e quando renascem, não carregam a ideia daquilo que foram.
Para Buda, o corpo morto é como uma carroça quebrada que não se deve arrastar. Ou seja, precisamos nos desapegar da forma.
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A morte no Candomblé
Existem muitas vertentes do candomblé e por isso é possível se encontrar alguns nuances diferentes sobre a questão da morte, mas quando se fala do candomblé contemporâneo, quando a pessoa tem uma vida repleta de verda, seu pós-morte acaba por ser uma extensão de suas ações em vida, e assim esta pessoa tem uma passagem com conforto e sem julgamentos.
A influência dos orixás também pode facilitar a passagem para a morte. São eles as entidades que representam o vento, a mata, o mar e assim por diante, e eles servem a nós como guias espirituais.
Além disso, o candomblé acredita em um processo evolutivo para a reencarnação e também crê que existam reinos espirituais, para os quais os mortos são encaminhados.
Para o candomblé, após a morte o tempo passa a ser relativo e é possível que um espírito seja resgatado ou não. Quem realiza o resgate do espírito são os espíritos de luz, que recepcionam aqueles que chegam e lhes transmitem os ensinamentos para a evolução.
A morte no Catolicismo
O catolicismo tem o fundamento de sua fé na ressurreição no fato de Deus ter ressuscitado Jesus, Seu filho. Assim, morrer e ser ressuscitado significa para o católico alcançar uma ampliação completa da cognição. Por isso, nesta religião acredita-se que só após a morte seja possível se conhecer com total clareza o significado e as consequências da vida vivida.
É neste momento que se julga a trajetória de vida e há o processo conhecido como “juízo final”. É então na morte que Deus dá a cada pessoa uma última oportunidade de conversão. Este momento é denominado “purgatório”. Contudo, há a possibilidade de se aceitar ou não os critérios superiores. Aquele que nega, encontra o “inferno”.
É desejo de Deus que todas as pessoas possam alcançar a plenitude, que é o “céu”. Isso pois ela significa a comunhão plena e íntima com Ele. É lá que o ser humano se vê para sempre amparado no amor divino, em total felicidade e em comunhão com seus irmãos.
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A morte no Espiritismo
Segundo a doutrina espírita, a essência do ser, que é o espírito, continua viva após a morte, pois esta só alcança o corpo. Aquilo que encontramos do outro lado reflete aquilo que nós realizamos na vida terrena, sendo assim uma consequência justa e totalmente baseada no merecimento.
A desencarnação, no espiritismo, é um processo de libertação do espírito. Contudo, ainda é possível que ele continue apegado a dores, vícios, paixões, materialismo e preocupações da vida terrena.
Para que ocorra o total desligamento do plano material podem ser tomados dias, meses e até mesmo anos. Existem inclusive os que não sabem que desencarnaram. Por esta razão, a religião diz que é importante que em vida a gente tenha a compreensão de que existirá uma continuidade do que vivemos aqui e de que na travessia não estaremos sozinhos. Cada espírito é acompanhado por seus familiares e amigos espirituais.
No Espiritismo acreditasse que o espírito será atraído para comunidades de luz ou para o umbral, que funciona como uma espécie de purgatório, local onde será possível aprender e elevar o espírito.
Quando o espírito estiver preparado, ele então voltará ao plano físico em um novo corpo no qual poderá quitar dívidas e adquirir créditos. É possível que com isso alguns cheguem devendo ainda mais, graças ao orgulho, desequilíbrios que possam cometer e faltas graves. Mas eles serão então reencarnados quantas vezes for necessário para que evoluam.
A morte no Islamismo
Para os muçulmanos, todos nascem puros e inocentes, com capacidade de progredir e conquistar conhecimento. Contudo, todos têm livre-arbítrio. Assim, temos tanto uma tendência para o bem, quanto para a crueldade e para injustiça.
Desta forma, dentro do Islamismo, aquele que professa a fé islâmica terá todos os seus pensamentos e ações a si responsabilizados no Dia do Juízo Final, quando todos serão julgados por Deus.
O paraíso será a recompensa daqueles que apresentaram em vida atos bons. Já os demais irão para o inferno.
Esta crença no Dia do Juízo mostra que a morte não é o fim da vida para o Islamismo, mas sim um portal para que se tenha a vida eterna.
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A morte no Hinduísmo
Quando uma pessoa morre na Índia, seu corpo é levado para o Rio Ganges, por seus parentes, e lá se faz um ritual de cremação. Isso ocorre porque para os praticantes do Hinduísmo, a pessoa não é o seu corpo, mas sim a alma, que vai para outra dimensão. É por esta razão que na morte eles cantam e festejam.
A morte no Judaísmo
No Judaísmo acreditas-se que todos os mortos serão ressuscitados na Era Messiânica, que ocorrerá quando o Messias chegar à Terra. Os praticantes da religião acreditam que a alma é imortal.
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