A metafísica da II Guerra: misticismo e ocultismo
A busca de identidade, origem e sentido da vida é parte integrante da concepção humana e da história. Como será que a vida surgiu no planeta Terra? Essa pergunta é cercada por questionamentos. Muitos filósofos e cientistas buscaram entender essas questões criando teorias que comprovassem a origem da vida e essa busca parece ser eterna.
“Homem: um ser em busca de significado”
A crença humana no oculto é tão forte, que nem mesmo monstros como Hitler e outros líderes conseguiram esconder seu interesse pelo lado místico da vida. Parece estranho dizer, mas mesmo o horror da II Guerra esteve envolto em muito misticismo, além de ter sido palco de manifestações e fenômenos que permanecem sem explicação até os dias de hoje. Astrologia, reencarnação, simbologia hindu, paranormalidade e até mesmo ovnis e extraterrestres fizeram parte da ideologia nazista foram alvos de estudos, pesquisas e experimentos pelos alemães.
Quem ri de determinadas crenças, deveria pesquisar mais sobre o assunto pois ele não parecia brincadeira para os alemães. Após a II Guerra, historiadores chegaram a criar o termo misticismo nazi para descrever uma subcorrente do nazismo quase religiosa, que misturava ideias nazistas de raça ariana com o ocultismo, o esoterismo, taoísmo e o mundo paranormal. Quando Hitler toma o poder, o ocultismo o segue até seu círculo social e político mais íntimo. Rudolf Hess, por exemplo, era um fanático da astrologia e do ocultismo, assim como Goebbels com sua propaganda, e Himmler, o comandante das SS, que acreditava ser a reencarnação de um antigo rei.
O esoterismo alemão foi retratado em diversas obras de ficção, como Superhomem, The Spectre, Liga da Justiça, Hellboy, Constantine e outros, bem como em uma vasta produção literária.
A raça ariana de Atlântida
O mito da “Atlântida” se tornou praticamente uma crença científica na europa germânica e fortaleceu o nazismo, baseado em dois pensadores esotéricos. Nazistas usaram correntes de pensamentos que envolviam astrologia e reencarnação para afirmar a tese da “raça pura”, cerne da construção de mundo dessa ideologia.
Primeiro, temos a fundadora da Teosofia Helena Blavatsky que em sua obra “Doutrina Secreta: Síntese da Ciência, Religião e Filosofia” descreve,ao longo de mais de mil páginas, a história da origem humana até a modernidade. Segundo ela, dentre muitas outras ideias interessantes, existirá no continente perdido de Atlântida uma raça de super-humanos, chamados arianos, que teriam posteriormente povoado a europa e dado origem aos povos germânicos. Muitos atribuem a Blavatsky a origem do nazismo, pois suas ideias despertaram em Hitler a insanidade de povoar o mundo inteiro com uma raça superior germânica.
Além dela, em 1909, Max Heindel um ocultista, astrólogo e místico de origem alemã, corrobora com quando cria o Conceito Rosacruz do Cosmos, para identificar os povos que teriam surgido na Terra depois da destruição da Atlântida e que estariam também relacionados aos povos de língua indo-europeia, apontando ainda que estes seriam a linhagem humana mais avançada.
Claro que, nenhum deles defendia uma supremacia da raça, uma ideia colocada pela ideologia nazista que é totalmente absurda.
Cruz jaina
Encontramos raízes místicas até no ícone escolhido para ser a bandeira da ideologia nazista alemã. A suástica, símbolo adotado pelo nazismo, tem origem religiosa e espiritual e é um dos amuletos mais antigos e universais. É um símbolo místico encontrado em muitas culturas e religiões em tempos diferentes, dos índios Hopi aos astecas, dos celtas aos budistas, dos gregos aos hindus, sendo encontrados registros desse símbolo a cerca de 5 mil anos atrás. Lembrando que a orientação do desenho adotado pelos alemães é horário, enquanto a maior parte das outras cruzes se encontra no sentido oposto.
“A guerra é sempre uma derrota da humanidade.”
A escolha deste ícone não se deu ao acaso. Quando o símbolo voltou a ser tema de discussões já na era moderna, se deu em um contexto onde o arqueólogo Heinrich Schliemann descobriu esta imagem no antigo sítio em que se localizava a cidade de Tróia, sendo então associado com as migrações ancestrais dos povos “proto-indo-europeus”, os arianos.
Novamente, encontramos em Blavatsky a seguinte descrição:
“Poucos símbolos no mundo estão tão impregnados de verdadeiro significado oculto quanto a Suástica. É representada pelo algarismo 6; visto que, como essa cifra, aponta, na sua representação concreta – como acontece com o ideograma desse número – para o Zênite e o Nadir, o Norte, Sul, Oeste e Este; em toda parte encontramos a unidade, e esta unidade refletida em todas as unidades. É o emblema da atividade de Fohat, da contínua revolução das ‘rodas’, e dos Quatro Elementos, o ‘Quatro Sagrado’, no seu sentido místico, e não apenas no sentido cósmico; por outro lado, os seus quatro braços, dobrados em ângulos retos, guardam íntima relação, como já demonstramos, com as escolas Pitagórica e Hermética. Aquele que está iniciado nos mistérios do significado da Suástica, dizem os Comentários, ‘pode perceber através dela, com precisão matemática, a evolução do Cosmos e todo o período de Sandhya’.”
O símbolo é, por excelência, o uma representação da evolução cósmica. Muita simbologia mística o envolve, apesar das atrocidades cometidas no período da guerra pelos alemães, que acabaram por associar o desenho a tudo que existe de pior e a um dos períodos históricos mais terríveis da história humana.
Os Foo Fighters
Foo Fighter é um fenômeno onde esferas luminosas foram avistadas por pilotos, perseguindo ou acompanhando seus aviões durante a II Guerra Mundial. A princípio, pensou-se tratar de uma tecnologia alemã para confundir os pilotos inimigos. Durante a Segunda Guerra, esses acontecimentos foram amplamente estudados. Até mesmo cientistas renomados, tais como David Griggs, Luis Alvarez e H.P. Robertson, também os avaliaram. Todavia, o fenômeno nunca foi explicado, uma vez que a maioria das informações sobre o acontecido foi mantida sobre sigilo e nunca foi revelada por nenhuma inteligência militar, permanecendo sem explicações até os dias de hoje.
“A química que produz a vida é reproduzida facilmente por todo o cosmo. Parece improvável que sejamos os únicos seres inteligentes. É possível mas improvável!”
É, mesmo em tempos de guerra o esoterismo esteve presente e crenças no oculto teriam motivado inúmeros movimentos e ideologias, para além das questões políticas.
O fato é que, os Foo Fighters certamente não estavam lá para ajudar na guerra. Estudiosos esotéricos e ufólogos místicos sabem exatamente qual era a função desses avistamentos: nos avisar que não estamos sozinhos, que somos supervisionados e que nossas ações tem consequências não somente para nós, mas para toda a vizinhança estelar. Especialmente quando pensamos em explosões nucleares, as consequências são devastadoras e não é raro, até os dias de hoje, avistamentos de ovnis próximos às áreas de testes nucleares, acrescidos de relatos de ocorrências como desligamento dos sistemas eletrônicos, queda de energia e falhas sistêmicas misteriosas.
Os ufos alemães
Existe uma teoria de que os alemães mantinham contato com seres extraterrestres e conseguiram, com a ajuda deles, construir naves voadoras de altíssima tecnologia. Muitos textos de revisionismo histórico afirmam que os alemães nazistas teriam construído naves voadoras semelhantes a discos voadores. Seriam são aviões avançados ou até mesmo naves espaciais que supostamente foram desenvolvidos pelo III Reich, com tecnologia eletromagnética que aspirava atingir a velocidade da luz.
“Não sei com que armas a III Guerra Mundial será lutada. Mas a IV Guerra Mundial será lutada com paus e pedras”
Essa tecnologia é chamada de Tesla e impossibilitaria qualquer contra-ataque inimigo. Para não alterar o tempo-espaço, ele comprime o tempo-espaço frontalmente e expande-o pela traseira.
Mesmo que fique comprovada essa teoria, já que nenhum desses artefatos foi realmente documentado ou avistado, não se trataria deles os avistamentos dos pilotos que ficou conhecido como o fenômeno Foo Fighter.
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