O Canadá leva os extraterrestres muito a sério
Documentos que se tornaram públicos mostram que a relação do governo do Canadá com o fenômeno ufológico é muito intenso, indo muito além de misticismo e crendice. Uma coleção de documentos de 1967 encontrados nos arquivos nacionais do Canadá dão uma noção de quão sério o governo levava avistamentos de UFOs naquela época. E ainda leva até hoje.
“Os visitantes de outras galáxias são como nós”
Para além disso, temos o ex-ministro de defesa do Canadá, tornando público o conhecimento dos UFOs por parte do governo do canadense e de outros países do mundo, um caso que viralizou na internet.
No Canadá o assunto é tratado com um pouco mais de liberdade, o que nos dá condições de concluir sobre a relação que os governos de todo o mundo mantêm com o fenômeno. Certamente podemos considerar como provas os documentos que os governos escondem, mas que de tempos em tempos vem a tona. Governo não brinca, não perde tempo com brincadeiras. E se todos eles classificam como secretos e confidenciais certos registros e investem dinheiro em departamentos especializados e pesquisa, é porque o assunto é bastante sério. Se engana quem pensa que os governos não assumem publicamente a existência de vida fora da Terra porque não existem provas. Acredite, elas existem e são muitas.
Os documentos
Uma coleção de documentos de 1967 encontrados nos arquivos nacionais do Canadá, nos dá uma noção de quão sério eles levavam o fenômeno ufológico. Segundo uma reportagem da Vice, os documentos mostram como o governo investigava UFOs e revela detalhes de alguns casos famosos e que até hoje permanecem sem uma resposta formal das autoridades. E, pelo conteúdo dos documentos, vemos que a verdade sempre é arquivada pela falta de uma conclusão definitiva sobre os casos, pois nenhum deles conseguiu ser desconstruído pelas investigações.
Elas incluem um homem queimado por um UFO em Manitoba, algumas aparições muito estranhas no radar do Departamento de Defesa, um oficial da Polícia Montada na Nova Escócia que viu um objeto entrar na água e desaparecer, e um círculo numa plantação em Alberta que foi o primeiro caso do tipo investigado por um governo e outros.
“Há muito tempo tenho estado convencido de que os discos voadores são interplanetários. Estamos sendo observados por seres do espaço exterior”
Percebe-se, no documento, uma preocupação do governo em separar o fenômeno real da confusão das pessoas, tecnologia militar ou algum fenômeno climático. Quando recebiam um relato de avistamento, submetiam a história a um processo interno de avaliação para qualificar o evento, separando o que eram enganos do fenômeno real. Foram encontradas sete categorias para avistamentos, incluindo farsas, histeria em massa, interpretação equivocada de eventos naturais, tecnologia militar avançada e condições psicológicas. No entanto, a sétima e última categoria é “avistamento incomuns que o espectador não consegue identificar ou explicar, ou seja, UFOs”. O documento foi escrito durante uma época interessante para os UFOs no Canadá, pois 1967 foi um marco para esse tipo de atividade no país: houve um pico nos relatos entre 1966 e 1967, subindo de 40 para 167 os relatos de avistamentos.
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Casos que estão descritos na coleção
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Falcon Lake
Este talvez seja o caso mais famoso do Canadá. Steven Michalak, um homem de Manitoba, que diz ter encontrado dois OVNIs 140 quilômetros ao leste de Winnipeg. Enquanto Michalak analisava uma formação rochosa, ele disse que dois discos voadores simplesmente apareceram do nada. Um voava alto, enquanto outro objeto pousou a uns 30 metros na frente Steven. Ele relata que usava uma luva, mas que sentiu sua mão queimar quando tentou tocar a nave.
As autoridades foram acionadas e, conforme consta em uma parte do documento, amostras do solo do local foram recolhidas para análise. Como resultado, obtiveram um nível de radioatividade nas amostras que foi preciso criar um plano especial para fazer o descarte seguro do material. A operação foi dada como completa, porém, inconclusiva, já que as equipes de investigação não conseguiram fornecer evidências que pudessem contestar a história de Steven.
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OVNI em Calgary
Calgary é um local pacato, famoso pelo frio congelante dos invernos extremamente rigorosos. Mas ficou ainda mais conhecida, quando um UFO foi fotografado pairando sobre a cidade em 1967. Warren Smith, que estava fazendo uma trilha perto de Nanton, Alberta, é o autor da foto.
Segundo ele, o objeto apareceu de repente, acima de uma área com árvores. Smith, que carregava uma câmera, conseguiu fotografar o momento e capturar o estranho objeto que voava tranquilo sobre a região. As fotos foram enviadas para o Departamento de Defesa, para análise de especialistas, que concluíram a investigação afirmando que as fotos eram verdadeiras. Ou seja, não era fruto de alguma montagem nem muito menos de alguma manipulação tecnológica, ainda extremamente limitada na época.
“Seguiremos vendo com a boca aberta esses discos luminosos que já eram familiares à noite na Bíblia, e seguimos negando sua existência mesmo se seus tripulantes se sentem para almoçar conosco, como já ocorreu tantas vezes no passado, porque somos habitantes do planeta mais provinciano, reacionário e atrasado do universo”
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Clear Water Bay
O caso seguinte no documento se foca numa família voltando para casa em Clear Water Bay de barco, quando encontrou um OVNI. O objeto apareceu a 15 metros do pai da família, que decidiu investigar. Quando ele se aproximou, o objeto disparou na direção dele e ele fugiu assustado. Então o objeto voltou a sua posição original.
Green e a família deixaram o barco nas docas e correram para uma casa próxima para acordar todos os ocupantes, que também foram ver o objeto. Eles ficaram observando 15 minutos até que a nave decolou.
As investigações concluíram que a família Green era confiável. Eles também checaram se alguém tinha consumido álcool na hora, e descobriram que não. No local exato onde o objeto estava pairando, foram encontradas folhas murchas caídas no chão, recolhidas como evidências. No documento, consta que após análise não se descobriu a causa das folhas estarem naquele estado. Mais uma vez, caso encerrado sem conclusões.
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O OVNI mergulhador
Em Montana, um general da Polícia Montada afirmou ter visto um objeto iluminado, de cerca de 18 metros de comprimento, pairando sobre a água em baixa altitude. O objeto começou a fazer um som de assobio agudo e mergulhou na água, bem na frente dos olhos do general. A área então foi vasculhada pela Guarda Costeira Canadense e outros barcos, mas nada foi encontrado.
O governo conduziu uma investigação rigorosa do avistamento, que incluiu uma busca submarina que não trouxe nenhum resultado. Novamente, o caso é arquivado com inconclusivo.
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Avistamento nos radares do Departamento de Transporte
Em julho de 1967, o Departamento de Transporte relatou que um alvo não identificado foi rastreado por sete voltas do radar deles, testemunhado por três controladores e dois técnicos. Segundo eles, o alvo se movia numa velocidade intensa e alterava a velocidade muito rapidamente, contrariando a física tradicional.
Segundo apurado pelas investigações, as cinco pessoas que testemunharam o objeto tinham certeza absoluta que estavam diante de um alvo, e não algum problema do equipamento. Por coincidência, neste mesmo dia um objeto similar foi pego pelo radar em Kenora, Ontário, e foi observado por 29 minutos. Antes de desaparecer, o objeto seguiu o voo 405 da Air Canada por um período, depois sumiu e reapareceu o lado do voo 927 da Air Canada. O Departamento de Defesa novamente não conseguiu chegar a nenhuma conclusão sobre o ocorrido.
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Círculo numa plantação em Camrose
Círculos em plantações são casos clássicos na ufologia. Embora alguns deles sejam mesmo uma farsa, há casos e que realmente fica difícil explicar como eles podem se formar de maneira tão perfeita e num curto espaço de tempo. No Canadá, um caso dos chamados agroglifos ficou muito conhecido e consta nessa coleção de documentos como um dos casos oficialmente investigados.
O caso ocorreu nos arredores de Camrose, Alberta, em agosto de 1967, quando várias impressões profundas foram feitas com um objeto desconhecido num pasto.
O Departamento de Defesa iniciou investigações na área, mas não descobriu nenhuma evidência que sugerisse a interferência de uma pessoa no evento. Ou seja, a conclusão foi de que aquele desenho não havia sido feito por um humano. O responsável pelas investigações, registrou no autos o caso poderia ser uma farsa, embora fosse improvável que seres humanos tenham conseguido criar o desenho. Ele estimou que para fazer esses círculos, os envolvidos precisam de duas rodas num eixo de 9 metros, para colocar três quartos de tonelada de pressão no pasto e que somente um veículo voador de 135 toneladas seria capaz de produzir aquelas marcas.
Que máquina é essa que só existe em Camrose?
O ministro de defesa
Paul Hellyer ocupou o principal posto do Ministério da Defesa do Canadá em 1957 e já foi membro do Conselho Privado da Rainha para o Canadá, uma espécie de gabinete ministerial na monarquia constitucional do país.
O ex-ministro, também engenheiro, escritor e comentarista, afirma que os extraterrestres estão entre nós. Segundo ele, existem pelo menos quatro espécies de extraterrestres vivendo na Terra. Duas delas, segundo o ex-ministro, trabalham em parceria com o governo dos EUA. Hellyer defende que os conhecimentos sobre extraterrestres deveriam ser divididos com a população e deixar de estarem restritas somente aos líderes mundiais.
Hellyer começou a acreditar em OVNIs durante uma noite, quando ele, sua mulher e um grupo de amigos avistaram uma espaçonave. Apesar de não ter levado muito a sério no momento, ele conta que passou a tratar o assunto com seriedade. Há cerca de 10 anos, o ex-ministro começou a se interessar pelo assunto e hoje é um conhecido defensor da existência de extraterrestres. Hellyer uniu forças com três organizações ufológicas não-governamentais para pedir ao parlamento canadense que realizasse debates públicos sobre UFOs e civilizações alienígenas. A notícia causou furor nos meios ufológicos e muita curiosidade fora deles. Hellyer falou, em pronunciamento, que era hora de dar ouvidos aos adeptos da exopolítica, uma área que pratica um misto entre Ufologia e política, definida por seus defensores como “o estudo, planejamento e diplomacia nas relações com seres extraterrestres”. Para Hellyer, não restam dúvidas de que civilizações alienígenas mais avançadas tecnológica e eticamente estão visitando a Terra.
Ele ficou muito famoso quando participou, em 2013, de uma audiência pública sobre a existência de vida extraterrestre realizada em Washington, D.C. Diversos ex-senadores e membros da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos ouviram depoimentos de especialistas sobre o tema, e Hellyer foi ouvido. Ele declarou em alto e bom som que há extraterrestres vivos na Terra neste momento, e pelo menos dois deles provavelmente trabalhariam com o governo dos Estados Unidos.
O político canadense também citou ex-militar da Força Aérea dos EUA, Charles James Hall que escreveu sobre seus supostos encontros com extraterrestres na base de Nevada. Ele teria dito a Hellyer que a base tinha um hangar para uma “nave-mãe que chegava pelo lado da montanha nas noites de lua cheia”.
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