5 fases do luto – como enfrentar a dor da perda
Só quem já perdeu alguém que amava muito sabe o tamanho do sofrimento da a dor da perda. O luto parece corroer a nossa alma, mas é preciso seguir em frente. Veja no texto abaixo uma reflexão para conseguir dizer adeus e enfrentar as 5 fases do luto.
Como superar a dor da perda?
Nós nos preparamos para tudo nessa vida, mas se existe algo na vida difícil de se preparar e conseguir enfrentar é a morte de alguém que amamos. É possível preparar-se para tolerar a morte? Bem, há quem diga que sim, pois devemos viver tendo a certeza da vida eterna no Reino dos Céus. Por isso, essa esperança consola o coração de quem é fiel de que a pessoa amada está agora em um lugar melhor, perto de Deus.
Mas existe um abismo entre se preparar e conseguir aceitar. Como viver com a ausência da pessoa amada? É preciso um desprendimento profundo para dizer adeus, caso contrário, viveremos a vida em um eterno luto que não faz bem nem para nós nem para a pessoa que faleceu. É natural e saudável viver a dor da perda, pois isso significa que a pessoa tinha uma importância notável em nossa vida, mas é preciso sabedoria para enxergar no luto a purificação e transformação dos nossos corações.
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A ausência dói
Dói muito. Parece que ela inebria e anestesia a nossa alma de tal forma que perdemos o chão e o sentido da vida. Não imaginamos como seguir nosso caminho sem a presença da pessoa, sua voz, seu cheiro, suas atitudes, suas risadas, sua companhia. Ficamos em um looping irracional de querer voltar no tempo para impedir que ela fosse embora. Existem 5 fases do luto, veja quais são.
As 5 fases do luto
Dizem que o tempo cura tudo. Na realidade, a dor não se cura, ela abranda e nós aprendemos a conviver com ela. Os especialistas dizem que existem as fases do luto que todos nós podemos passar para conseguir chegar à compreensão da dita a dor da perda. A psiquiatra Elisabeth Kubler-Ross conseguiu identificar a reação psíquica de cada paciente em estado terminal e elaborou as cinco fases do luto.
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Negação
Nessa primeira fase, nós estamos tão incrédulos com a dor da perda que, como uma espécie de defesa natural, negamos o acontecido. “A ficha não caiu”. Nós tentamos negar para nós mesmos o acontecido, mal podemos acreditar e rechaçamos qualquer pessoa que queira falar sobre o assunto ou te consolar com frases como “vai passar”, ou “ele está melhor agora”. Nessa primeira fase, não conseguimos aceitar.
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Raiva
Essa segunda fase é dolorosa pois, a ficha cai e nós nos sentimos injustiçados pelo que aconteceu. O entendimento chega até a nossa vida e a ausência da pessoa amada traz um sentimento de revolta. Alguns se revoltam com a vida, outros com Deus, outros consigo mesmo. A raiva parece não ter fim, ela dorme e acorda conosco, nos tornamos pessoas amarguradas.
Nessa fase o indivíduo se revolta com o mundo, se sente injustiçada e não se conforma por estar passando por isso.
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Barganha ou negociação
Com o passar do tempo, a raiva começa a abrandar e nossa cabeça naturalmente começa a usar de mecanismos para tentar nos fazer sentir melhor. Começamos a querer a negociar irracionalmente: “se eu rezar muito, vou conseguir entrar em contato com a pessoa que faleceu”. “Se eu for uma pessoa boa, vou entender porque Deus me tirou quem eu amo”. “Ao ser muito fiel, eu vou conseguir ter a pessoa de volta”. A raiva volta em forma de barganha, como se ao fazer um ato positivo conseguíssemos abrandar a dor da perda.
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Depressão
Chegamos aqui à fase mais difícil de todo o processo de fases do luto. Aqui percebemos que não adianta negar, nem ter raiva e nem negociar. Perdemos alguém que amamos e nada vai contornar essa situação. A pessoa se retira para o seu mundo interno, sente-se melancólica e impotente diante da dor, e muitas vezes acaba se isolando. Nessa fase, é preciso ter muito apoio e compreensão das pessoas ao redor, pois é um período muito delicado que é decisivo para a nossa recuperação do sofrimento. Podemos passar por ele como um aprendizado ou vivenciá-lo de forma extremada, dificultando a evolução para a última fase.
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Aceitação
Perceba que a última fase não se chama recuperação, alívio ou superação. Não acreditamos que consigamos superar a perda de alguém muito importante, mas sim conseguimos aceita-la e apaziguar o nosso coração. O desespero e a dor da perda abrandam, conseguimos enxergar a realidade como ela realmente é. É hora de enfrentar, a vida continua e isso torna-se mais claro.
Conclusão
É importante esclarecer que nem todo mundo passa por essas fases nessa mesma sequência, nem vivencia todas elas na aceitação do luto. É comum que as pessoas vivenciem pelo menos 2 dessas fases do luto. O maior problema é estagnar em um deles e deixar-se consumir pela a dor da perda. Quando isso acontece, é preciso que a pessoa receba apoio familiar e acompanhamento psicológico pois os sentimentos vividos precisam ser abrandados com o tempo para seguir em frente. Nunca se esqueça que a última fase, de aceitação, pode e deve chegar para todos.
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