Ecos do passado: o poder da regressão como ferramenta de cura. Entrevista com Dr. Jorge Salum


Esse texto foi escrito com todo o cuidado e carinho por um autor convidado. O conteúdo é da sua responsabilidade, não refletindo, necessariamente, a opinião do WeMystic Brasil.
Você já sentiu algum medo que parece maior que você? Da água, do escuro, de lugares apertados. De não ser bom o suficiente, não ganhar dinheiro, não ser amado… Em comum, muitos desses medos e dificuldades podem ter a mesma origem: traumas não resolvidos de vidas passadas. Diante disso, como curar essas marcas invisíveis e seguir adiante? Jorge Salum, psicoterapeuta e especialista em regressão, convidado especial do podcast Meu Momento Místico, vai nos ajudar a responder a essa e outras perguntas intrigantes.
Autopiedade e “coitadismo”: como tudo começou
Antes de se tornar terapeuta, nosso entrevistado também enfrentou seus próprios fantasmas. Formado em Artes Plásticas, mas insatisfeito com a profissão escolhida, Salum perdeu dois de seus três empregos e mergulhou fundo no vitimismo e autopiedade. Porém, foi nesse momento de dor que uma fresta de luz surgiu na janela: aquilo que antes era apenas um hobby — os estudos em terapias, massagens e práticas espirituais — transformou-se em uma nova profissão.
“Mas, em um determinado momento, eu estava sentado na sala da minha casa, tinha uma estante de livros, só tinha livros de psicologia, terapias, abordagens místicas e esotéricas. Ali, o véu saiu dos meus olhos, o óbvio saiu do véu e revelou-se óbvio: por que você não trabalha com isso?”
Crenças limitantes e autossabotagem: sinais de vidas passadas
Assim como a autossabotagem de Salum, muitas das nossas crenças e fobias podem ter origem em outras vidas. Um medo inexplicável da água, por exemplo, pode ser a lembrança de uma morte por afogamento. O mesmo acontece quando falamos em prosperidade: uma pessoa que faliu gravemente no passado pode ter uma crença persistente de que seu destino é ser pobre. Mas há uma solução: revisitar para ressignificar.
“Tem que ter uma ressignificação desse passado (…) depois que você acessa o passado, toma consciência do que aconteceu (…) daí você limpa aquilo para que você possa mudar no momento presente. Você expande a consciência (…) reformula, ressignifica e muda.”
O processo de regressão: acessando o trauma
Mas como, na prática, é possível acessar e ressignificar essas memórias? Segundo Jorge Salum, a técnica de regressão utiliza um estado de transe médio, diferente da hipnose profunda. Ele explica que existem três níveis de transe: o alfa (leve, como quando se está vendo um filme), o profundo (em que a pessoa não se lembra de nada) e o médio, utilizado terapeuticamente.
“O que nós utilizamos terapeuticamente é o transe médio, que é um pouco mais aprofundado que o estado alfa, mas que abre um portal para que o inconsciente se manifeste.”
Regressão e cura coletiva: a egrégora do despertar
Um portal que temos que atravessar juntos. Mais do que simples técnicas terapêuticas, esse processo de autoconhecimento tem um valor coletivo. Para Salum, cada cura pessoal, cada crença dissolvida e cada vida transformada contribui para uma grande rede coletiva de consciência expandida. Nessa corrente de cura, a evolução espiritual de um é a evolução espiritual de todos. É a “egrégora do despertar”.
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