Sabia que óleos essenciais podem ajudar a dormir e ter uma rotina saudável?
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Especialista dá detalhes para usar os diferentes tipos, além de como o organismo absorve cada um deles.
Ives Ferro, de AnaMaria Digital
Ansiedade, metabolismo lento, falta de energia e de concentração, além de problemas respiratórios, dores e até a melhora na qualidade de sono são algumas das questões que podem ser melhoradas com a ajuda dos óleos essenciais. Apesar de, na atualidade, esta ser conhecida como uma técnica de medicina alternativa, usar elementos mais naturais para o tratamento de diversos problemas já é algo que acontece desde o Egito antigo.
A terapeuta quântica Denise Fracaro explica que os ingredientes dos óleos essenciais são compostos voláteis que as plantas produzem com a finalidade de sobrevivência, justamente para espantar pragas ou atrair polinizadores, sendo a região de onde esse óleo é extraído que vai influenciar suas propriedades. Mesmo com tantos benefícios, é importante avaliar a origem do problema antes de se aventurar pelos compostos.
No caso do sono, por exemplo, será preciso ajustar outros aspectos também. É que todos já nascemos sabendo dormir, mas vamos encontrando dificuldades por conta da rotina que desenvolvemos. “Antes de partir para os óleos essenciais, precisamos saber que a higiene do sono começa de dia, quando acordamos, com os picos de hormônios. É importante saber dosar, para termos o descanso e equilíbrio entre o fazer e não fazer”, esclarece.
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E como os óleos essenciais podem me ajudar a dormir bem?
Denise indica colocar um difusor no quarto na hora de dormir. Será aquela fumacinha que vai distribuir para o ambiente o óleo essencial. Neste caso, os óleos mais indicados são lavanda, líbano, copaíba, ilangue-ilangue e outras flores. Não tem difusor e não quer investir nisso? Dá para colocar uma gota do produto em seu travesseiro, o que fará você inalar o cheiro no decorrer da noite.
Sabia que, em apenas 22 segundos, o óleo essencial chega ao seu cérebro? “Essa é a forma mais rápida (inalação). Outra forma de passar é na palma dos pés. Em função da reflexologia, vai ajudar a aliviar todos os meridianos e a harmonizar os órgãos do nosso corpo”, conta.
A terapeuta esclarece ainda que algumas pessoas podem não dormir bem por dificuldades respiratórias. Neste caso específico, a lavanda não é o melhor óleo: “Existem algumas sinergias, que servem para tratar sinusite, rinite, tosse, pneumonia e esses processos alérgicos. Tem outros óleos usados para abrir a respiração, porém eles têm o efeito de despertar, como o hortelã-pimenta e alecrim (indicados para o uso durante o dia). Já o eucalipto é bom para o sono”, esclarece.
Como funciona no organismo?
Denise conta que a forma mais simples de uso dos óleos essenciais é a olfativa, por meio da respiração. Ela acontece quando as moléculas do óleo se desprendem e penetram no nariz. Eles entram pela cavidade nasal, passando pela mucosa, e vão direto para a corrente sanguínea. Isso faz com que os efeitos sejam físicos em nosso corpo, garante. Ao mesmo tempo, temos as células receptoras para mais de 10 mil tipos de cheiros diferentes no nosso nariz, sendo que o olfato é o sentido mais potente que temos.
“As células receptoras produzem sinais eletroquímicos, que vão para o bulbo olfativo, e daí para o sistema límbico, onde ficam a amígdala, o hipocampo e o córtex. Depois, vão para o hipotálamo, o que faz com que interfira no nosso sistema nervoso e endócrino. Isso tem um efeito fantástico nos campos emocionais e mentais”, acrescenta a especialista.
Em aproximadamente 20 minutos, as células do nosso corpo já receberam toda a composição dos óleos. Fracaro ressalta que isso acontece por conta dos compostos naturais utilizados na fabricação da “natureza em vidrinhos”. “Diferentemente dos produtos produzidos pela indústria farmacêutica, o corpo reage e adere melhor aos óleos essenciais, evitando possíveis intoxicações”, explica.
Dito isso, é importante se atentar na hora da compra. Fique de olho na procedência e no padrão de qualidade, para evitar qualquer tipo de contaminação e adulteração, seja na retirada, colheita ou transporte do produto.
Aplicação correta
Basicamente, existem três formas de uso dos óleos essenciais: a inalação, a tópica e a ingestão. A aromaterapeuta indica que a forma mais correta é a inalação, sendo que alguns especialistas não recomendam a ingestão, pois além de ter o risco de intoxicações, ela não é necessária na maioria dos casos. Para bebês e crianças de até 12 anos, sempre evitar a ingestão.
“Outro exemplo: se você tem algum problema de má digestão, azia ou se sua flora intestinal estiver toda bagunçada, de modo geral, é possível passar na região do órgão que você quer atingir. Os óleos são frequentes, o que significa que o nosso corpo recebe aquela informação penetrada pela pele. A ingestão é indicada em alguns casos mais específicos, e tem uma relação de peso (quanto maior a pessoa, maior a capacidade que pode ingerir)”, ressalta.
A forma de usar vai depender do que você está tratando: “No caso da má digestão, uma aplicação será o suficiente. Mas para o mau hálito, talvez haja um uso mais constante, de um mês, por exemplo. É sempre interessante consultar um médico para saber com o que você está lidando. Um aromaterapeuta não é médico e não pode fazer diagnósticos. Ele pode auxiliar e complementar os tratamentos”.
Óleos caseiros
É possível fazer os óleos em casa, mas isso requer muita habilidade. Existem algumas formas de extração a maceração específicas, além de certas plantas terem horários ideais para a colheita. Outro ponto que dificulta esse trabalho mais doméstico é a grande quantidade de ingredientes necessários.
“Para um frasco de 15 ml de lavanda, por exemplo, precisamos de 13,5 kg de flor de lavanda; no caso do limão siciliano, para a mesma quantidade de óleo, são necessários 45 limões.. É uma empreitada, um trabalho bastante volumoso, mas vai de acordo com o que a pessoa está disponível a fazer. Em suma, é possível fazer em casa”, declara Denise.
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