O que a Igreja Católica diz sobre Numerologia? Descubra!

Desde épocas remotas, estudiosos atribuem aos números valores religiosos e filosóficos. A partir deles, místicos e pensadores expressam seus ideais e conceitos. Esta ciência é chamada de Numerologia, ela analisa números de forma qualitativa e os aplica aos seres humanos, fazendo análises e previsões. Também são usadas as letras do alfabeto, convertendo-as em números, através de uma tabela e desta forma, determinam um valor numérico para nomes. Mas, o que a Igreja Católica diz sobre Numerologia? De acordo com a religião, os fiéis não devem acreditar neste estudo, pois o futuro está nas mãos de Deus. Entenda um pouco mais sobre Numerologia e como ela é vista pela Igreja.

A Numerologia e a Igreja católica

Desde o princípio, o Cristianismo proíbe a prática de adivinhação. Os Concílios de Vanes (461), de Adge (506) e de Orleans (511) excomungaram todos os tipos de adivinho. No Catecismo da Igreja Católica, diz-se que o católico deve estar certo que seu destino está seguro em Deus. De acordo com a Igreja, o Senhor pode revelar o futuro aos seus profetas ou santos. Porém, o cristão deve entregar com confiança, nas mãos da providência, o que diz respeito ao seu destino e abandonar qualquer curiosidade sobre o assunto.

Os números muitas vezes aparecem como símbolos na Bíblia, porém, não é correto dizer que todos os que estão na Escritura são simbólicos. A forma de atribuir significados aos números utilizada pela Numerologia vem do Oriente. O estudo tem raízes no ocultismo e está ligado a antigas artes de adivinhação. A prática tem a pretensão de prever coisas futuras e ocultas. Desta forma, ambiciona descobrir aquilo que pertence somente a Deus. Em algumas ocasiões, Israel utilizou este recurso, desobedecendo à vontade Deus: “fez passar pelo fogo seus próprios filhos no vale de Beninom; entregou-se à astrologia, à adivinhação e à magia, praticou a necromancia e a bruxaria, e multiplicou-se atos que desagradam ao Senhor, provocando-lhe assim a ira” (2 Cr 33,6).

Ainda em outra passagem, o ato é destacado:  “Não escuteis, portanto, vossos profetas e adivinhos, nem vossos vaticinadores, astrólogos, e feiticeiros que vos disseram que não sereis sujeitos ao rei da Babilônia” (Jr 27,9).

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A Bíblia e a Numerologia

De fato, alguns números da Bíblia possuem significados especiais. Um exemplo é o caso dos 153 peixes de João 21.11, que sempre foi explorado na história da Igreja. Existem muitas especulações sobre os números da Escritura, porém, o único que realmente recebe interpretação simbólica é o 666: “Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento, calcule o número da besta; porque é o número de um homem, e o seu número é seiscentos e sessenta e seis” (Ap 13.18).

A punição para quem praticava a adivinhação, como rezava a lei, era a morte:  “Quando, pois, algum homem ou mulher em si tiver um espírito de necromancia ou espírito de adivinhação, certamente morrerá, serão apedrejados; o seu sangue será sobre eles” (Lv 20.27).

Segundo a Bíblia, uma das razões que levaram Saul à morte foi o fato de ele ter apelado para a adivinhação:  “Assim morreu Saul por causa da transgressão que cometeu contra o Senhor, por causa da palavra do Senhor, a qual não havia guardado; e também porque buscou a adivinhadora para a consultar” (1Cr 10.13).

Em Israel, o povo que praticava adivinhações foi aconselhado pelo profeta Isaías:  “Quando, pois, vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares e os adivinhos, que chilreiam e murmuram: Porventura não consultará o povo a seu Deus? A favor dos vivos consultar-se-á aos mortos? ” (Is 8.19).

Em diversas passagens da Bíblia, fica claro que a prática de adivinhação é condenada por Deus. Portanto, as previsões da Numerologia não devem ser consultadas pelos católicos. Para que suas vidas sejam prósperas, procurem a Palavra de Deus. Esta é a melhor forma de estar em paz com o Senhor e levar uma vida digna.

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