As frequências binaurais – expansão de conhecimento
O conceito das Frequências Binaurais foi escrito em 1839 pelo físico e meteorologista alemão Heinrich Wilhelm Dove e, desde então, têm sido amplamente estudado. O físico propõe que, se ouvirmos duas frequências sonoras uma em cada ouvido, o cérebro irá identificar a variação entre elas e criar uma terceira frequência (em hertz) igual à diferença encontrada entre os dois sons. Ou seja, se tivermos 100 Hz do lado direito e 110 Hz do lado esquerdo do fone de ouvidos, nosso cérebro irá criar uma terceira fase chamada ‘batida binaural’ com a frequência de 10 Hz.
Essa diferença de oscilação frequencial é capaz de estimular e alterar drasticamente o cérebro e seu funcionamento, pois ele sincroniza o funcionamento dos hemisférios esquerdo e direito na tentativa de equilibrar essas variações, gerando uma nova frequência. O hemisfério esquerdo é linear, lógico, prático e orientado no tempo, enquanto o hemisfério direito é não linear, abstrato, criativo, holístico e não lógico. Por exemplo, um matemático provavelmente estimula muito mais o hemisfério esquerdo em suas atividades, enquanto um artista certamente tem mais atividade cerebral no hemisfério direito.
Os hemisférios estão ligados pelo corpo caloso e essa estrutura funciona como uma ponte entre os lados e pode, literalmente, ser exercitada e fortalecida mentalmente até se tornar maior e mais capaz de transmitir informação. A sincronia entre os dois hemisférios promovida pelas Frequências Binaurais é muito benéfica, pois, quando os dois hemisférios trabalham juntos, podemos potencializar as nossas capacidades mentais e usar o nosso cérebro de um modo mais eficiente.
Vibração: o segredo de tudo
Sabemos que tudo no universo emana energias e reage à vibrações. Temos inúmeros experimentos científicos nesse sentido, apesar da enorme negação e resistência da ciência em assumir qualquer teoria que fortaleça ideologias místicas e até mesmo religiosas.
Nosso cérebro não foge à regra e responde à estímulos internos e externos, alterando entre estados de espírito, humor e emanação energética, tendo as ondas cerebrais e as Frequências Binaurais um papel fundamental na constituição do nosso estado de consciência. Saber trabalhar bem com essas vibrações e com as possibilidades de alteração consciencial são grandes ferramentas para o autoconhecimento.
Um exemplo de experimento científico muito difundido é a A Mensagem da Água, realizado pelo doutor em medicina alternativa, pesquisador e cientista japonês Masaru Emoto. Ele expôs água durante um determinado período à palavras, sons e músicas positivas e negativas, de amor e ódio, e, após esse estímulo, ele observava os cristais da água com um microscópio. Os resultados foram emocionantes! O Dr. Masaru percebeu nitidamente que as moléculas da água haviam reagido de forma diferente a cada um dos estímulos e formado cristais totalmente diferentes e correspondentes à vibração que receberam, refletindo as emoções presentes naquele momento.
Já uma pesquisa realizada por cientistas do MIT, nos EUA, revelou que um grupo específico de neurônios do córtex auditivo é estimulado por um trecho de música em particular, não importa qual pessoa os ouça. Ou seja, a música (ou sons) possui a capacidade de causar sensações não porque a apreciamos ou não e sim devido à processos que existem dentro do nosso cérebro e que estão ligados às vibrações de ondas cerebrais.
O poder das ondas cerebrais
Estão identificados cientificamente os estados de ondas cerebrais beta, alfa, teta, delta e gama, que se intensificam ou não dependendo do que estamos fazendo ou experimentando. Cada frequência é medida em Hertz (Hz) e representa um nível de atividade cerebral e um estado diferente de consciência, e, quando estimuladas, produzem resultados incríveis.
Ondas beta: 13-30 Hz
Frequência na qual o cérebro opera quando estamos acordados, alertas e em atividade. São ondas rápidas que estão associadas à concentração, pensamento ativo, planejamento, lógica e raciocínio crítico.
Ondas alfa: 7-13 Hz
Quando relaxamos, ondas alfa dominam nosso cérebro e permitem a concentração. Estados alfa são normalmente associados com a aprendizagem, processamento e armazenamento de informações, também presentes em momentos de relaxamento ou durante a meditação.
Ondas teta: 3-7 Hz
Conhecidas por proporcionar a sensação de unidade com o divino e conexão espiritual, as teta são ondas lentas associadas ao sonho lúcido, projeção astral, criatividade e sono. A conexão espiritual e com o Eu Interior passa por teta, onde podemos vivenciar visualizações, inspiração, criatividade profunda e até mesmo experimentar revelações e criar a realidade conforme queremos.
Essas ondas estão presentes na meditação profunda e sono leve, sendo um estado mental onde estamos conscientes do nosso entorno, porém, o corpo está em relaxamento profundo e ficamos naquele limiar nebuloso de consciência entre o universo astral e físico.
Ondas delta: 1-3 Hz
É a frequência cerebral mais lenta, operando no cérebro quando atingimos o sono profundo. Muito associada à cura e regeneração, as ondas delta são reino da mente inconsciente e a porta de entrada para a consciência cósmica, estado onde podemos receber informações que não estão disponíveis no nível físico da consciência.
Ondas gamma: acima de 40 Hz
Frequência descoberta mais recentemente, é a frequência mais rápida do espectro cerebral e pouco se sabe sobre este estado. Investigações iniciais sugerem que as ondas gamma estariam associados com altos níveis de percepção e processamento de informações.
Como utilizar as frequências binaurais?
As Frequências Binaurais são muito fáceis de encontrar e estão disponíveis aos montes na internet, seja em arquivos de áudio ou aplicativos. Geralmente elas já apresentam sua função, o que facilita e evita que tenhamos que calcular para descobrir que tipo de onda aquele som traz.
Assim, de acordo com os objetivos, basta pesquisar um áudio que já especifique sua finalidade ou descobrir quais das ondas cerebrais mais harmoniza com os resultados que deseja obter e, então, é só utilizar sons que trabalhem essas ondas. Por exemplo, digamos que o foco seja concentração. Vimos que, neste caso, as ondas alfa são as mais propícias para promover a absorção de informações e facilitar o aprendizado. Portanto, basta ouvir as frequências de sons que tenham uma diferença de 7 a 13 Hz, que estimulam no cérebro as ondas alfa.
Uma ótima maneira de introduzir essas batidas na rotina diária é ouvi-las durante os momentos em que estamos no carro, à caminho do trabalho, de casa ou qualquer que seja o compromisso. O trânsito tem um efeito potencialmente negativo em qualquer ser humano e é uma benção poder transformar esses momentos de tensão em períodos de relaxamento e expansão da consciência.
Outra dica incrível é adicionar esses sons à meditação para complementar e amplificar seus efeitos, como manter o foco no presente, aprofundar o relaxamento ou, ainda, estimular a glândula pineal para o desenvolvimento da mediunidade e clarividência.
Uma outra prática muito comum é utilizar as Frequências Binaurais antes de dormir.
Ao deitar ouça por 15 minutos, medida ideal de tempo, embora a liberdade para a escolha desse parâmetro seja grande e não afete os resultados.
Enquanto escuta, repita afirmações positivas e visualize seus desejos, para ajudar na reprogramação do seu subconsciente. Dormir enquanto ouve o som não é um problema, já que nosso subconsciente está ativo 24 horas por dia e irá absorver as frequências e sugestões à ele direcionadas.
Com o tempo, mudanças serão percebidas conforme o cérebro for se adaptando às ondas às quais vem sendo exposto. É um processo em que, quanto maior a intensidade e frequência da prática, maior serão os resultados obtidos. Por isso, não desista logo no começo e continue tentando para que os resultados sejam cada vez mais perceptíveis.
Não esqueça que é muito importante sempre usar fones, para que os sons realmente cheguem diferentes a cada ouvido e a mágica cerebral aconteça. Sem os fones de ouvido, nossa percepção sensorial tende a misturar os sons e o efeito das Frequências Binaurais não será o esperado.
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