Escala Hawkins da Consciência: aprenda a vibrar na frequência dos seus sonhos
Esse texto foi escrito com todo o cuidado e carinho por um autor convidado. O conteúdo é da sua responsabilidade, não refletindo, necessariamente, a opinião do WeMystic Brasil.
A consciência fascina os seres humanos. Não são poucos os pesquisadores de diferentes áreas que se dedicam a entender como funciona o subconsciente e a influência das emoções. Complementares ou opostos, o fato é que a cada nova teoria temos a oportunidade de compreender um pouco mais sobre nós mesmos.
“O mal da grandeza é quando ela separa a consciência do poder”
Para nos ajudar nesse mergulho interno que faz parte da transformação de vida que todos almejam, a Escala Hawkins da Consciência vai te ajudar a vibrar na frequência dos seus sonhos e mudar por completo a sua vida! Quando conseguirmos manter nossa vibração em um nível mais elevado, nos tornamos seres mais despertos e nos distanciamos das prisões do ego. Precisamos limpar-nos da dor, da vitimização, ódio, tristezas, depressões, modificar a nossa consciência para conseguir atingir um estado elevado e assim modificar nossos padrões.
David Hawkins: o criador
David Hawkins foi um professor, filósofo e médico psiquiatra americano, cujos interesses incluíam também a matemática, economia, educação em ciências da infância e ética. Nasceu em El Paso, Texas, caçula de sete filhos de William Ashton Hawkins e Clara.
Hawkins frequentou a Hotchkiss School em Lakeville, Connecticut, mas saiu depois de seu primeiro ano para entrar na Universidade de Stanford. Inicialmente estudou química, mas depois mudou para a física antes de finalmente se formar em filosofia. Foi premiado com o seu B.A. em 1934 e M.A. em 1936, ano em que Hawkins entrou para a Universidade da Califórnia para trabalhar em seu doutorado.
“O que é necessário para mudar uma pessoa é mudar sua consciência de si mesma”
Tornou-se amigo de Robert Oppenheimer, com quem gostava de discutir filosofia hindu e questões da filosofia da ciência, como o princípio da incerteza e a complementaridade de Niels Bohr. Em 1940, Hawkins recebeu seu Ph.D. escrevendo uma tese sobre “Uma Interpretação Causal da Probabilidade”. Ele também serviu como assistente administrativo no Laboratório Los Alamos do Projeto Manhattan, um programa de pesquisa e desenvolvimento que produziu as primeiras bombas atômicas durante a Segunda Guerra Mundial.
A Escala Hawking
A medição e a determinação matemática de níveis de consciência dos seres humanos é um dos trabalhos pioneiros e mais interessantes de Hawkins, trazido ao público no livro “Poder contra Força: Uma Anatomia da Consciência – Os Determinantes ocultos do comportamento humano”.
Hawkins realizou pesquisas usando a Cinesiologia e relacionou os níveis de consciência em estratificações que contém algumas semelhanças com, por exemplo, as estruturas dos chakras e os latiaf do Sufismo. Ele criou e calibrou um mapa extremamente útil da consciência humana, chamado de Escala Hawkins da Consciência. Nesse mapa ele associa os níveis de consciência com valores-chave da vida humana, usando os números como parâmetros para mostrar quais sentimentos estão mais perto da considerada iluminação, que, para ele teria o valor 1.000 e teria sido conseguida somente por Buda.
“A consciência é a voz da alma, as paixões são a voz do corpo”
Segundo Hawkins, infelizmente a humanidade de maneira geral estaria próxima do nível 200, o mínimo esperado para que a vida possa continuar. E quanto mais pessoas elevarem seu nível de consciência, mais a consciência global se eleva. Logo, podemos perceber que Hawkins estava sugerindo, há décadas atrás, que a elevação da consciência individual é a saída para que a qualidade e vida no planeta passe por uma transformação radical.
Avaliando as emoções e elevando a consciência
Hawkins identificou três níveis de consciência: consciência do medo, consciência moral-ética e consciência espiritual.
Por esses três níveis, circulam os sentimentos de vergonha, culpa, apatia, tristeza, medo, desejo, raiva, orgulho, coragem, confiança, neutralidade, vontade, aceitação, compaixão, prazer, razão, amor, alegria, paz e iluminação espiritual. Através dessa análise podemos ter uma ideia do impacto que cada um desses sentimentos possui, tendo um norte, um horizonte que nos orienta em relação às nossas próprias emoções e domínio das mesmas.
“A prisão não são as grades, e a liberdade não é a rua; existem homens presos na rua e livres na prisão. É uma questão de consciência”
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Vergonha
A vergonha seria a vibração emocional dos estados mais baixos de consciência humana. Uma pessoa com vergonha fica paralisada, aprisionada nesse sentimento e não toma decisões, não interage e se priva das experiências na vida, prejudicando muito o aprendizado e evolução. Em seu nível mais sutil se manifesta como timidez, e no nível mais exacerbado a pessoa pode até se suicidar. Sem dúvida é um sentimento que deve ser trabalhado e superado, quando o objetivo é a evolução da consciência.
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Culpa
É um estado um pouco mais elevado que a vergonha, já que, para sentir culpa, a pessoa tem que ter um nível mínimo de autocrítica. Uma pessoa com esse nível de consciência cria muito pouco e tende a se render ao vitimismo, projetando em fatores externos sua frustração. Raramente tenta fazer alguma coisa nova, vive de recordações passadas e sente-se atormentada em função disso. A culpa deve receber a devida atenção, para que ela possa ser ultrapassada e a verdadeira essência de cada pessoa possa aflorar.
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Apatia
A apatia está diretamente ligada a ausência de esperança, um sintoma muito comum para quem sofre de depressão. É considerada também uma sensação de baixa vibração, pertencente ao polo de emoções que atrapalham a evolução, o crescimento e o aprendizado. As pessoas no estado de apatia, encontram-se paralisadas diante das circunstâncias da vida.
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Sofrimento
É um estado de tristeza que corrói a alma e possui uma vibração também muito baixa. Enfrentar a vida vai trazer sofrimento cedo ou tarde, mas é através de elevação consciencial que podemos vencer esse estado mental. Sempre que entrarmos nessa frequência, é recomendado tentar sair dela o mais rápido possível, pois esse aspecto da emoção humana quando muito prolongado vai trazer apatia, culpa, vergonha e outras sensações que também possuem uma vibração muito baixa.
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Medo
Uma preocupação excessiva e uma visão de mundo onde a espiritualidade não possui força gera insegurança e medo. O medo é muito perigoso, pois, assim como a vergonha, deixa a alma humana paralisada. Superar o medo é algo que todos têm de lidar, e a percepção de que ele é apenas uma crença interna ajuda a sair dessa frequência.
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Desejo
O desejo pode parecer um condutor ao crescimento, mas essa forma de enxergar essa emoção é equivocada. O desejo não tem fim e abre as portas para as frustrações. Uma pessoa nesse nível só tem ambições na vida, vive de vícios, desejo, luxúria e consumismo e raramente consegue valorizar o que possui e as pequenas riquezas da existência. Quem vive pelo desejo, nunca está satisfeito, aprisionando a consciência em um estado de materialismo e consumismo.
“Não sabemos nossa hora final, mas sabemos que estamos de passagem por aqui…
Então, por que perdermos tempo acalentando emoções estranhas dentro de nós?
Mágoa e apego não fazem ninguém crescer… Nem reclamações descabidas!”
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Raiva
A raiva é um nível de frustração que, junto com a vergonha e a culpa, formam uma tríplice aliança conhecida. Nesses níveis baixos as pessoas só criam algo novo se tiverem algum inimigo para projetar a raiva. Em alguns casos, este nível consciencial pode estimular à ação em níveis mais elevados, mas normalmente torna a consciência prisioneira do ódio.
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Arrogância
Segundo Hawkins, esse é o estado humano dominando atualmente. É totalmente dependente de circunstâncias externas como sucesso financeiro e reconhecimento, ambições típicas do ego. Esse é o estado que leva ao nacionalismo, racismo, guerras e o desejo de extermínio do outro e da diferença. Morre o diálogo e cresce o autoritarismo. É um estado totalmente irracional de negação e defesa que não só impede o crescimento pessoal como faz com que o mundo retroceda.
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Otimismo
A partir daqui, começamos a entrar em uma esfera de consciência que podemos considerar como um pouco mais elevada e próxima da iluminação. Aqui o ego ainda existe, mas há uma visão diferente sobre a vida pois o indivíduo começa a olhar pra fora de si, buscando se alinhar com a verdade. O medo quase não existe e o sofrimento dá um descanso. É o começo de um despertar espiritual, onde a vida passa a ser vista como um desafio agradável e não somente opressão.
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Neutralidade
A neutralidade constrói um sistema de crenças flexíveis. Aconteça o que acontecer,a pessoa consegue se manter firme em sua posição. A sensação de segurança e harmonia com o outro começam a aparecer quando forçamos o cérebro funcionar nessa frequência.
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Complacência
Neste nível, a pessoa começa a fazer um uso mais eficaz de suas próprias energias. Observar a vida acontecer não é mais uma opção e é preciso agir. É nível vibracional do desenvolvimento da força de vontade e da autodisciplina. É nesta faixa energética em que a consciência se torna mais organizada, disciplinada, e grandes marcos podem ser conquistados.
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Perdão
Através do perdão, entramos nas esferas de consciência mais elevadas. Para que exista o perdão, é necessário um entendimento mais claro dos processos da vida e da origem espiritual de todos nós. Nessa frequência é que a verdadeira transformação consciencial acontece e velhos dogmas começam a ser abandonados. Tudo passa a ter um propósito e a empatia com o próximo atinge níveis espirituais. A pessoa começa a aceitar sua responsabilidade pelo seu papel no mundo e compreende com mais amor as dificuldades do outro e também as suas próprias.
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Contemplação
Uma consciência contemplativa começa a perceber de forma mais profunda a beleza da vida e a conexão que há entre tudo que existe e o ser superior criador. A pessoa consegue transcender os aspectos emocionais dos níveis mais baixos e começa a pensar mais claramente e racionalmente. Hawkins define este nível como o patamar da medicina, da ciência e o nível de consciência dos mestres e daqueles que estão em completa sintonia com a verdade e afastados das ilusões da matéria. Não há guerra nem luta. Aceita-se o mundo como ele é.
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Amor
Aqui, falamos de uma vibração poderosa e elevada. O amor é capaz de tudo e ultrapassa qualquer limite, inclusive o tempo, o espaço e a morte. Há um entendimento permanente da conexão com tudo o que existe, e a pessoa consegue colocar todos os seus talentos e habilidades em favor do próximo, um estado em que os verdadeiros propósitos de uma encarnação podem se realizar. Qualquer ação que tenha motivação no amor é pura e incorruptíveis, inacessível ao ego. Quando agimos pelo amor, começamos a ser guiados por uma força maior e a intuição se torna muito forte. Hawkins diz que esse nível é alcançado apenas por uma em 250 pessoas durante todo o seu tempo de vida. Uma parcela mínima das pessoas encarnadas no planeta vive nesse estado, algo próximo de 0,0001%.
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Alegria
A alegria é uma vibração sutil e elevada, um estado de consciência maior que o ego consegue atingir. É o início do desapego com a vida que proporciona uma visão mais leve sobre as dificuldades da matéria. É o nível dos santos e dos grandes mestres espirituais. É uma frequência que contagia e que consegue neutralizar qualquer outra emoção de baixa vibração. Nesse nível da consciência, a vida passa a ser orientada pela intuição e sincronicidade e não existe qualquer preocupação.
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Paz
A paz é um dos estados mentais mais próximos da iluminação. Na realidade, a paz é o estado consciencial que antecede a iluminação. Hawkins diz que esse nível só é alcançado por uma pessoa em 10 milhões.
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Iluminação
É o nível mais alto da consciência humana, onde a humanidade se confunde com a divindade e ocorre a união do ser com o todo. Morre individualismo, o eu, e o ego, e nasce o homem transcendental. É uma frequência vibracional extremamente rara e alcançado por poucos ao longo da história humana. Buda seria um desses, junto com Jesus. A iluminação é o objetivo das reencarnações, o estado que o espírito ambiciona atingir quando se submete ao aprendizado da encarnação na matéria.
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