Empatia: as virtudes da pessoa empática

A amplidão dos pensamentos pela empatia

As pessoas empáticas possuem um traço muito enriquecedor. Trata-se do recolhimento e reprodução. Quando elas pensam no próximo e se doam para entender os pontos de vista de outrem, elas acabam se enriquecendo intelectualmente.

Essa empatia ronda todos os hemisférios da comunicação. Por mais diferente que seja o próximo, sempre existe a possibilidade de aprender com ele. Mesmo que a diferença de ideias e pensamentos sejam muito grandes, como opiniões polêmicas e defesas de tabus, quando nos depreendemos de nós mesmos para tentar compreender o próximo, já estamos marcando pontinhos na empatia e nos tornando melhores seres humanos.

Inspire a empatia no próximo

Uma outra qualidade incrível das pessoas empáticas é a inspiração. Quando praticamos a empatia, conseguimos inspirar nos próximos o mesmo sentimento. Em várias tragédias que vivenciamos, a empatia tem um papel importantíssimo para a harmonização.

Neste último vivenciamos um prédio em chamas desabar no Paissandu, em São Paulo. De uma notícia horrível, conseguimos observar a empatia em sua forma mais pura e amorosa. Encontramos doações, falas positivas, encorajamentos e muita ajuda e energia vindas das pessoas empáticas.

Esta onda de solidariedade, criada por pessoas empáticas, é tão poderosa que inunda todas as pessoas à sua volta. Assim, pessoas empáticas inspiram, seja presencial ou virtualmente, através de redes sociais e veículos de mídia.

Escutar é uma arte empática

A terceira virtude de uma pessoa provida de empatia é o saber escutar. Quando priorizamos o escutar em relação ao falar, tornamo-nos pessoas mais sábias e sensíveis ao outro. Assim como já falava o antigo provérbio: “Falar é uma necessidade, escutar é uma arte”.

É exatamente isto que faz o ser empático, ele nutre em si uma virtude artística quando escuta o próximo. Quando alguém quiser falar com você sobre algo que está vivenciando ou quando esta pessoa quiser demonstrar um ponto de vista, espere sempre que ela termine de falar, que ela exponha toda a sua ideia, de maneira que depois você possa ajuda-la da melhor forma possível.

Escutar é um presente que emana da pessoa empática e nutre o coração da pessoa que fala. Ela, se sentindo ouvida, também se sente mais compreendida e, principalmente, amada.

Viver a vida de outro

Outra qualidade intrínseca aos seres empáticos é viver a vida de outra pessoa. Quando fazemos isto, tentamos nos moldar completamente para que sintamos ao máximo o que é ser, o que é estar no corpo de quem passa por tal situação, ou por quem pensa tal ideia.

Quando estamos conversando com alguém, nos deparamos às vezes com algumas dúvidas, como: “Como é que ele fez isso?”, “Como é que ele começou a pensar nisso?”, “Será que isto é verdade? Parece tão improvável”.

Estas questões só servem para nos afastar do real objetivo da empatia.

Quando estas dúvidas tocarem o seu coração, você não deve questionar o outro ou já criticá-lo, mas sim tentar se colocar em sua posição. Como ele vive, como ele come, como ele é, pelo que ele passa, etc. Quando você se sentir em sua pele, talvez as coisas ficarão muito mais claras para você.

“Caminhe alguns quilômetros nos sapatos de outra pessoa antes de criticá-la”.

Quebrando barreiras pela empatia

Uma das barreiras mais difíceis de serem quebradas é a do preconceito. É muito comum vermos brigas, sobretudo envolvendo religiões, entre pessoas que se xingam, se insultam e, às vezes, acabam até brigando fisicamente.

A empatia dá voz para ambas. A fim que as duas pessoas possam se fazer claras e, assim, tornarem-se melhores seres humanos, com maior bagagem humana e cultural. Às vezes, pessoas preconceituosas podem deixar de sê-lo pelo simples ato de dialogar, de escutar as dificuldades do outro.

Uma certa feita, um pastor perguntou a um jovem homossexual por que ele pecava contra Deus e por que tinha escolhido seguir aquela vida de “pecador”. O jovem apenas lhe respondeu: “É exatamente por causa disto que eu acredito que Deus me fez assim. De todas as violências que sofro, da expulsão de casa, do xingamento de toda semana, das fraturas de um ato homofóbico. Você acha realmente que eu teria escolhido ser assim? Ninguém escolhe tantas consequências negativas em sua vida”.

O pastor não soube o que responder, pois o jovem fez com que ele sentisse na pele o que é ser gay, fez com que o pastor se colocasse no lugar daquele que sofre de maneira muito inteligente.

Pratique mais a empatia e seja feliz!