A história mitológica da constelação de Virgem


Esse texto foi escrito com todo o cuidado e carinho por um autor convidado. O conteúdo é da sua responsabilidade, não refletindo, necessariamente, a opinião do WeMystic Brasil.
Virgem, o sexto estágio do ciclo é simbolizado pelo arquétipo de uma jovem delicada. É o signo mutável do elemento terra e por isso é flexível e cooperativo.
Virgem é o foco na conservação do veículo físico e do mundo material por meio do exercício do trabalho, em contraparte ao desejo anterior de Leão em manter o ego por meio da expressão das próprias ideias.
Voltado para o aprimoramento e aperfeiçoamento, o signo representa a sublimação do que é altivo e impetuoso, por meio do trabalho e do serviço. Atuam no nível da preservação, ocupação, produtividade, persistência e continuidade.
A necessidade mais profunda é agir de maneira simples e aproveitar a vida no nível terreno e material em cooperação com a natureza. Conservar o corpo físico, cuidar da saúde, manter o funcionamento do sistema, e isto está intimamente ligado com a rotina.
A figura mitológica associada a constelação é associada a Ishtar, deusa da fertilidade na Babilônia. A Astréia, deusa romana da Justiça. E a Deméter, deusa grega das colheitas, entre outros exemplos.
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O mito de Astrea
Um dos símbolos mais primordiais da história da civilização é a espiga de trigo. E devido a importância na Antiguidade há diversas lendas relacionadas a esta constelação.
Astréia ou Astrea viveu na época mitológica conhecida como Era de Ouro, durante o governo de Saturno. Filha de Zeus e Têmis, é a personificação da justiça como a sua mãe. Com o aumento da ilegalidade ela se afastou abandonando o mundo terreno para não ver o sofrimento pelo qual a humanidade passaria. E Zeus a colocou entre as estrelas, formando a constelação de Virgem.
A constelação de Virgem é a única em que aparece uma figura feminina, também símbolo do nosso lado irracional, intuitivo. Astrea não desfaz os males mas de alguma forma oferece fé, ao evocar algo misterioso e profundo que transcenda o que a vida nos apresenta como catástrofe.
Não surge do ato de vontade, mas simplesmente existe, em seu vislumbre de brilho delicado enquanto norteadora de esperança, não surge da intenção, mas depois das ruínas da destruição.
Há uma passagem no mito do rapto de Perséfone sobre o garoto Triptólemo, que também traz alguns símbolos relacionados à constelação de Virgem.
Um dia, o garoto Triptólemo e seus irmãos estavam ajudando o pai em um trabalho no campo. Ele cuidava do gado, enquanto os irmãos cuidavam dos carneiros e dos porcos. Os três presenciaram uma estranha cena. De repente a terra se abriu em uma fenda, engolindo os porcos. Depois apareceu uma carruagem puxada por dois cavalos pretos que desceu pela fenda. O rosto do condutor não era visível, mas o braço direito segurava uma garota que gritava em desespero. Quando ocorreu o rapto de Perséfone, pelo obscuro deus Hades, a mãe, Deméter percorreu o mundo incansavelmente em busca de informações pelo desaparecimento da filha. Quando ela chegou disfarçada, somente o garoto Triptólemo a reconheceu e forneceu a informação que ela precisava. A Mãe-Terra o presenteou ensinando-o primeiro a venerá-la e os mistérios – da natureza, a morte e a regeneração da vida por meio dos ciclos sazonais. Ela entregou ao garoto sementes de milho, um arado de madeira, e uma carruagem puxada por serpentes. E o instruiu a viajar o mundo ensinando à humanidade a arte da agricultura.
Esta citação na obra de Greene e Burke, o “Tarot Mitológico”, traz diversas reflexões profundas sobre os mitos, e que valem a pena para aprofundar a leitura.
Ao revelar os mistérios do elemento Ouros e ao que pode se associar aos arquétipos dos signos zodiacais de terra.
É interessante como as diversas narrativas mitológicas tem pontos de encontro, e nos abrem maior entendimento e amplitude aos mistérios universais da humanidade.
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