Como se libertar de um narcisista: aprenda a dar um “basta”! Entrevista com Taryana Rocha

Mania de grandiosidade, necessidade de ser admirado a todo custo, falta de empatia com o outro! Se você conhece alguém assim, pode estar diante de uma pessoa narcisista. Mas, como identificar alguém com esse transtorno? É possível fugir da codependência com um narcisista? Taryana Rocha, psicanalista e especialista em traumas complexos e transtornos de personalidade, vai nos guiar neste novo — e intenso — episódio do podcast Meu Momento Místico.
Relação com um narcisista: aprenda a identificar os primeiros sinais
Culpa, ansiedade, confusão: red flag para relacionamento tóxico! Em uma relação a dois, ora erramos, ora acertamos. Mas, quando falamos de uma pessoa narcisista, tudo é sobre ela — e a culpa, é claro, é sempre sua.
“E aí você passa a acreditar naquilo que a pessoa está te falando. E, curiosamente, sempre tudo é sua culpa e a pessoa se coloca muitas vezes no lugar de julgar suas fraquezas e te dar diagnósticos. (…) Então tem muita culpa, muita confusão, um estado constante de estar em alerta.”
Reforço intermitente: a mão que afaga é a mesma que apedreja
Uma manipulação que, segundo Taryana, tem nome e sobrenome: reforço intermitente. O narcisista sabe que precisa agradar de vez em quando, por isso alterna entre punição e recompensa. Em um dia, críticas cruéis. Noutro, elogios e juras de amor eterno. É por isso que é tão difícil sair desse ciclo de dor sem fim: o caos e a confusão deixam um verdadeiro ponto de interrogação na mente de quem vive essa dinâmica.
“Então, quando a gente está lidando com a pessoa no espectro do narcisismo patológico, tem esse reforço intermitente. Quando a pessoa percebe que vai te perder e ela não quer te perder, (…) ela te dá uma recompensa. Aí ela fala todas as maravilhas que você é para ela. E tudo o que você queria ouvir.”
Por que não consigo dar um basta?
O medo da rejeição, a sensação de não ser suficiente e a esperança de que o outro mude alimentam o ciclo do abuso emocional. São a codependência e a insegurança! Esse tipo de relação doentia, segundo nossa entrevistada, não se restringe ao par romântico, podendo acontecer entre pais e filhos, irmãos, amigos ou até mesmo colegas de trabalho. Se há sofrimento, é hora de ligar o alerta.
“Mas uma das coisas mais difíceis, que é o maior tapa na cara (…) é que eu estou fingindo que não está acontecendo para eu não ser abandonada. Eu estou fingindo que não é tão ruim assim porque eu não sei lidar com a conversa difícil.”
Descobrindo a luz no fim do túnel: buscar ajuda é preciso
Seja para o narcisista ou para quem se relaciona com ele, há luz no fim do túnel! Terapia especializada, grupos de apoio e conteúdos com base científica, como os da terapeuta Taryana Rocha, oferecem a compreensão necessária para romper esse ciclo infinito de dor. Não se trata apenas de apontar “culpados”, mas de fornecer ferramentas para escolhas mais conscientes e saudáveis. Porque, no fim das contas, tudo começa quando você decide escolher a si mesmo: com coragem, força e convicção para dizer “BASTA”!
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