Suor excessivo nas extremidades? Saiba o que é a hiperidrose e como tratar
Esse texto foi escrito com todo o cuidado e carinho por um autor convidado. O conteúdo é da sua responsabilidade, não refletindo, necessariamente, a opinião do WeMystic Brasil.
Ana Caroline Mota, de AnaMaria Digital
Suor é quase unânime entre as pessoas como sinônimo de desconforto. Quem nunca ficou incomodado com marcações nas roupas, a chamada ‘pizza’, ou o suor escorrendo no rosto? É provável que você se encontre na categoria de pessoas que suam normalmente ou não.
Você já ouviu falar da hiperidrose? É nada mais e nada menos do que o quadro de suor excessivo nas extremidades do corpo ou nas axilas, que pode acometer outras partes como face, cóccix e couro cabeludo.
Suzanna Freitas, filha da cantora Kelly Key, revelou recentemente aos seus seguidores do Instagram que sofre com essa condição. “Eu não estou nervosa, não estou com nada e mesmo assim minha mão e meu pé suam muito em alguns momentos. Não ficam assim sempre, mas às vezes ataca. Isso tem começado a me incomodar. Não tem como não atrapalhar a vida”, disse ela, na ocasião, mostrando a mão e os pés molhados de suor.
Para entender mais sobre o quadro, o WeMystic Brasil conversou com a dermatologista Fernanda Nichelle, que atua na área de estética. Ela explica que, apesar de a sudorese ser comum, a hiperidrose afeta cerca de 3% da população.
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Sudorese ou Hiperidrose?
Mas afinal, como identificar qual dos problemas você sofre? Fernanda explica que o recomendado é procurar um médico caso o suor esteja atrapalhando suas atividades normais (laborais), justamente para ter um diagnóstico mais preciso.
“Muitas vezes, a queixa vem da dificuldade de interação social, o paciente fica com vergonha de ter as roupas molhadas em público, que frequentemente acontece na hiperidrose axilar, por exemplo”, cita a médica.
Vale lembrar que, além do desconforto, esta condição pode causar problemas psicológicos, além de infecções fúngicas e bacterianas, que em alguns casos levam ao odor.
Geralmente, a hiperidrose está relacionada às alterações da temperatura do corpo, à prática de exercícios e situações de estresse, além de fatores emocionais e doenças. E são basicamente dois tipos: a hiperidrose primária focal, que aparece na infância ou adolescência e existem mais pessoas da família com o mesmo problema. Já a hiperidrose secundária generalizada é causada por uma condição médica ou pelo efeito colateral de alguma medicação.
Suzanna, por exemplo, contou que sofre com o quadro há certo tempo. “Quando eu era menor, não chegava a escorrer e nem era tão excessivo como é hoje. Mas quando eu fazia prova para a escola, lembro que várias vezes já cheguei a rasgar a prova, encostando a mão para escrever. Ficava molhado o papel e rasgava”, disse ela, que também relembrou alguns perrengues para comprar sapatos.
“Tem algumas rasteirinhas que não consigo usar, porque o pé fica tão suado, que escorrega. Tem que ser aquela que prende o pé”, explicou.
Tem tratamento?
Após um diagnóstico feito por um médico, existem algumas opções de tratamento. Eles incluem produtos antitranspirantes, a aplicação da toxina botulínica tipo A e a simpatectomia torácica endoscópica, uma cirurgia para interromper os estímulos das glândulas sudoríparas, ou a remoção das mesmas.
A dermatologista ressalta que a duração dos efeitos desses procedimentos depende da experiência do profissional e das particularidades de cada paciente.
Suzanna contou que ainda não teve coragem de realizar nenhum deles por medo de que o problema se transfira para outra parte do corpo. E ela não está de toda errada. Isso porque Fernanda Nichelle garante que a interrupção dos estímulos das glândulas sudoríparas pode ter como uma das complicações a transferência do local de transpiração. “Inclusive, pode se destinar a região do cóccix”, afirma. Assim, é preciso avaliar os pró e contras de cada opção.
Os preços para tratar da hiperidrose variam de acordo com o método utilizado. Aqueles que requerem internação hospitalar e a presença de médico anestesista tendem a ser mais caros. Já a aplicação da toxina botulínica pode variar até pela marca e quantidade do produto usado.
Para quem prefere não se arriscar ou quer economizar, a dermatologista lembra que em alguns casos, alguns desodorantes podem ajudar, desde que sejam específicos para o problema.
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