Estamos sozinhos na vastidão dos espaços estelares e galácticos?
Desde tempos remotos há na humanidade um fascínio sobre a origem da vida e a possibilidade de vida extraterrestre. Essas questões foram abordadas de maneira filosófica ou religiosas, acompanhando também o desenvolvimento da astronomia e cosmologia.
“Talvez possam existir outros locais possíveis de vida, para além da Terra”
De fato, as evidências são muitas. Seja na ufologia, na ciência ou esoterismo, encontramos sinais de que não estamos sozinhos. E nem poderíamos, se considerarmos que existem 2 trilhões de galáxias conhecidas, dez vezes mais do que os astrônomos acreditavam possível antes do telescópio Hubble. Uma única galáxia consiste em um sistema de bilhões de estrelas que contém sistemas planetários – ou seja, planetas gravitando ao redor de estrelas.
A matemática não mente. A probabilidade de vida é quase uma certeza, sendo que devemos a este “quase” somente o fato de que ainda não fizemos contato. A própria ufologia encontra dificuldades em ser reconhecida como ciência, pois não é possível reproduzir os fenômenos ufológicos e ter controle sobre eles, ferindo assim alguns princípios do método científico. Apesar do fato de que a ufologia conta com diversos profissionais e também cientistas, o ceticismo se sobrepõe às probabilidades físicas e matemáticas quando pensamos em vida inteligente como parte do cenário cosmológico divino.
As muitas faces da ufologia
Ufologia é o conjunto de atividades associadas a observações, estudos e investigação de objetos voadores não identificados por governos, grupos independentes e cientistas.
A ufologia abrange diversas vertentes, que apresentam abordagens diferentes para a compreensão dos fenômenos ufológicos:
“A ufologia não é a busca por homenzinhos verdes, mas a busca por uma consciência interplanetária”
Ufologia clássica
Investigações baseadas em fotos e filmagens de avistamentos de ufos e seres extraterrestres. Através de pesquisas com metodologia científica, explora e coleta evidências para detectar como era o objeto, o formato e condições em que foi avistado, além de vestígios deixados no solo nos casos de aterrissagem de naves, como alterações no campo magnético, anomalias radioativas, alterações físicas, químicas e biológicas. Ou seja, a ufologia clássica utiliza a racionalidade e análise objetiva de evidências e desenvolve pesquisas com base em metodologias aceitas na área acadêmica.
Apesar do corpo investigativo da ufologia clássica ser formado por diversos profissionais e contar com o auxílio de ciências como a astronomia, física, química, biologia e a astrofísica, infelizmente a ciência ortodoxa a classifica como pseudociência.
Ufoarqueologia
Vertente da ufologia na qual se encontram o maior número de evidências materiais a respeito de dos extraterrestres. São artefatos, pinturas, esculturas e textos de povos antigos, estudados pela arqueologia e antropologia mas que são interpretados considerando a possibilidade de seres extraterrestres terem entrado em contado com antigas civilizações, deixando vestígios de sua passagem.
Ufologia mística
Tem como base a espiritualidade e a filosofia para explicar as manifestações, ou seja, essa linha de pesquisa apoia-se na telepatia, psicografia, intuições sensitivas, viagens astrais etc. A ufologia mística considera relatos de contatos realizados com entidades interdimensionais, com o sentido de transformação da humanidade.
A busca por vida extraterrestre
Apesar do tema ser tratado com descaso, existem instituições de alta credibilidade e até mesmo religiosas que buscam por vida extraterrestre.
“Deserto inimaginável estende-se além das estrelas. Lá, em condições diferentes das do vosso planeta, novos mundos revelam-se e desdobram-se em formas de vida que as vossas concepções não podem imaginar, nem vossos estudos, comprovar.”
NASA
Em 1977 a Nasa lançou o Seti, o maior projeto de busca de vida extraterrestre. O programa analisa registros de telescópios e varre o universo em busca de ondas de rádio que possam ter vindo do espaço. Em agosto de 2016, encontrou de fato um sinal misterioso para o qual ainda não existem explicações.
Igreja Católica
A igreja mantém o Observatório do Vaticano, com astrônomos dedicados a investigar o universo e aprofundar os conhecimentos sobre o cosmos. A biblioteca do Vaticano guarda livros antigos, documentos e cartas onde constam relatos de objetos voadores desconhecidos. Para exemplificar, o caso da aparição de Fátima em 1917, segundo o pesquisadores português Joaquim Fernandes e a pesquisadora Fina D’Armada seria, na verdade, um contato de 3º grau. Eles tiveram acesso aos documentos do Vaticano sobre este episódio e atestaram que a igreja omitiu os fatos e distorceu aspectos da aparição.
Temos ainda o caso do contato entre o pontífice João XXIII ocorrido em 1961, na Itália, e seu assistente, que relatou:
“Era de forma oval e tinha luzes intermitentes azuis e âmbar. A nave pareceu sobrevoar nossas cabeças, depois aterrou sobre a grama no lado sul do jardim. Um estranho ser saiu da nave; parecia um humano a exceção de que estava rodeado de uma luz dourada e tinha orelhas alongadas. Sua Santidade e eu nos ajoelhamos. Não sabíamos o que estávamos vendo. Mas soubemos que não era deste mundo, portanto devia ser um acontecimento celestial”
Até mesmo o Papa Francisco expõe suas idéias acerca do tema, vez ou outra, como se preparasse os fiéis para revelações sobre a autenticidade do fenômeno.
Agência Espacial Europeia
Organização intergovernamental Fundada em 1975, na França, é dedicada à exploração do espaço. Em 2017 a organização aprovou uma nova missão para buscar vidas extraterrestres, com lançamento previsto para 2026.
Os Foo Fighters na II Guerra Mundial
Foo Fighter é um fenômeno onde esferas luminosas foram avistadas por pilotos, perseguindo ou acompanhando seus aviões durante a II Guerra Mundial. A princípio, pensou-se tratar de uma tecnologia alemã para confundir os pilotos inimigos, mas, após investigação de todas as nações envolvidas, a hipótese de arma nazista foi descartada e as manifestações permanecem sem explicações.
Extraterrestres no Brasil: Operação Prato
Assim como os Foo Fighters, a Operação Prato tem o envolvimento governamental e militar. Com a participação da Força Aérea Brasileira, a Operação Prato é considerada a mais robusta missão de investigação ufológica da história. Após inúmeros relatos de luzes misteriosas e objetos voadores misteriosos pelas populações ribeirinhas no litoral fluvial do Pará, o exército foi chamado para secretamente investigar os acontecimentos entre os meses de setembro e dezembro de 1977.
O fenômeno ufológico se manifestava na forma de bolas de luz, apelidadas de “chupa-chupa”. Eram objetos não identificados que emitiam raios de luz, semelhantes a emissões de laser, que extraíam sangue das vítimas. Foram centenas de casos, em especial na ilha de Colares, epicentro das manifestações, causando pânico não só entre os moradores, mas entre o próprio governo que, pela quantidade e realidade dos relatos e após o pedido de ajuda feito pelo prefeito, decidiu investigar as ocorrências.
A produção de documentos e evidências foi enorme mas permaneceu em poder do governo, como ocorre em quase todos os casos ufológicos relevantes. A aeronáutica chegou a obter mais de 500 fotos de discos voadores e sondas ufológicas, cerca de 16 horas de filmes em formato super 8 mm e 16 mm e centenas de depoimentos de testemunhas e vítimas, formando um calhamaço documental de cerca de 2.000 páginas.
Não há registros históricos de qualquer outra operação conduzida por militares e com ampla cobertura midiática, que tenha produzido documentação tão extensa. Este é, se dúvida, um dos maiores enigmas da ufologia e que permanece misterioso até os dias de hoje, pois mais de 40 anos depois a atividade ufológica ainda é forte na região.
Interrupção do sinal na Inglaterra
Em uma noite em 1977, a transmissão rotineira do noticiário da noite da ITN NEWS foi interrompida e invadida por uma voz misteriosa. A transmissão assumiu apenas o som, deixando o sinal de vídeo inalterado durante 8 minutos, até que a programação normal foi retomada. O resultado desta transmissão foi um tumulto geral para as emissoras, que tiveram que lidar com a situação e não conseguiram encontrar explicações ou rastrear o sinal intruso.
A mensagem foi transmitida pelo ser apresentado como Vrillon, que se dizia integrante do comando Ashtar, uma frota de naves e seres interdimensionais que ajudam na evolução do planeta e na transição planetária. A mensagem era um alerta para a urgência da mudança comportamental dos humanos, o perigo das armas nucleares e a necessidade de buscarmos a paz e harmonia ou enfrentarmos a destruição.
Na época em que a interrupção aconteceu, pouco se sabia sobre comandos galáticos, Ashtar ou transições planetárias e a correspondência do conteúdo da mensagem com o que conhecemos atualmente é surpreendente.
Eram os deuses astronautas?
Evidências de intervenção extraterrestre não faltam. Indícios de que somos visitados por seres de outros planetas são descritos em diversos livros antigos como o Mahabharata, o Canchur Tibetano, a Bíblia Israelense, o Alcorão Árabe e aparecendo até em papiros, indicando a crenças de nossos ancestrais em seres estelares. Sumérios, egípcios, maias, astecas e incas também foram culturas que nos deixaram um legado de relatos de deuses que vieram do espaço. Para além disso, a ufoarqueologia reúne inúmeros artefatos misteriosos: no museu britânico encontra-se uma lente encontrada na Ásia, que tem mais de 2.000 anos e que só poderia ser produzida nos dias de hoje com máquinas de alta precisão; no museu de Bagdá temos em exposição um artefato com 2.000 anos que produz energia, considerado uma “pilha”; em Moscou encontramos a ossada de um bisão morto a tiros com mais de 40.000 anos. Como poderia ter sido possível? Como, em épocas tão primitivas e sem apoio tecnológico algum, poderiam esses povos ter construído objetos de alta precisão e que só foram “inventados” milênios depois?
Interferência de inteligências extraterrestres é uma explicação para lá de plausível. Existe uma vasta literatura que trata do tema, mas, dentre toda essa produção, destacamos o livro escrito em 1968 pelo teórico, escritor e arqueólogo Erich von Däniken. Ele teoriza, com base em evidências arqueológicas, a possibilidade das antigas civilizações humanas terem sofrido interferência extraterrestre, recebendo conhecimento e tecnologia de extraterrestres.
“As vezes acredito que há vida em outros planetas às vezes eu acredito que não. Em qualquer dos casos, a conclusão é assombrosa”
Von Däniken apresenta como provas as ligações entre as pirâmides egípcias e incas, as quilométricas linhas de Nazca, os moais da Ilha de Páscoa, entre outros enigmas que permanecem envolvidos em mistério até hoje.
Qual o papel dos extraterrestres em relação à humanidade?
Até agora, falamos de ciência, ufologia e a busca pela vida extraterrestre, um vasto campo de evidências incontestáveis de que não estamos sozinhos. Mas agora, vamos tratar da questão filosófica, ou seja, tentar entender qual o papel destes seres enquanto entidades metafísicas e espirituais.
Podemos levantar duas hipóteses: a primeira exclui a ideia de Deus e coloca estes seres como os criadores da raça humana. Seriam como polinizadores de planetas, implantando de forma artificial a vida em orbes planetários onde ela não aconteceu de forma natural. Por qual motivo? Ninguém sabe. Podemos ser como uma fazenda geradora de energia, um simples passatempo ou termos qualquer outra função que desconhecemos. Mas o sentido dessa hipótese se perde quando avaliamos não só as mensagens, mas os relatos de contatados e abduções feitas por seres interdimensionais, que sempre mencionam uma inteligência cósmica criadora e responsável por tudo que existe e que em tudo está presente.
Outro fato que derruba essa hipótese é não sermos contatados. Se a vida se originou ao acaso, tanto na Terra quanto em outros planetas, a existência de seres muito mais evoluídos tecnologicamente que nós humanos seria uma certeza. Também, assim como nós, divididos entre consciências amorosas e outras trevosas, algumas pacíficas e outras bélicas, também eles na vastidão do universo sofreriam essa mesma ação, existindo raças benévolas e raças bélicas, conquistadoras e violentas. O fato de não termos sido invadidos ainda é um grande indício de que possa existir uma ordem cósmica universal a qual todos os seres estão submetidos.
A segunda hipótese é de que exista uma força tenha criado não somente a nós, mas todas as outras formas de vida que habitam o cosmos. E, se fazem parte da criação, são nossos irmãos estelares, mesmo termo que essas entidades utilizam quando se apresentam aos médiuns e contatados. Ora, se somos uma criação divina, o que impedira Deus de criar outros seres? Porque somente nós? Essa ideia é não somente infantil, como autocentrada e vaidosa.
“Se não existe vida fora da Terra, então o universo é um grande desperdício de espaço”
Assim, os extraterrestres são espíritos como nós. Podem existir enquanto seres encarnados em outros planetas, vivendo sua própria experiência de karma e expansão de consciência, impedidos pelas limitações de sua consciência de transitar entre as galáxias, como também existem enquanto consciências de luz, espíritos mesmo. Tudo que encarna, morre. Quando atingem determinado nível de iluminação, podem ajudar na evolução de outros projetos, como o da Terra. Por isso não há guerras interestelares e jamais seremos atacados como vemos nos filmes. Eles não invadem planetas, eles auxiliam na evolução dos seres e nos projetos.
No caso das abduções, o que vemos é um tipo de ajuda que não conseguimos, com nossa inteligência limitada, entender. É exatamente a mesma situação de quando pegamos nossos animaizinhos doentes e levamos ao veterinário para curá-los. Eles não conseguem perceber isso e se amedrontam. Fazemos pelo bem deles, para curá-los e ajudá-los a vencer alguma barreira relacionada à saúde, que eles sequer imaginam que estão atravessando. O caso da Operação Prato é um exemplo, onde nota-se claramente o interesse dos seres pelo sangue: os chupa-chupa estavam curando. Alguns médiuns dizem que ali na região havia se desenvolvido uma bactéria com potencial epidêmico mortal, coisa que estava fora dos planos divinos e precisava ser contida.
Somos amparados e auxiliados pelos irmãos das estrelas e não devemos temê-los. Qualquer ideia que sugira a atuação maléfica de qualquer que seja a raça de extraterrestres é equivocada e não faz sentido dentro de um universo permeado por uma inteligência cósmica, que em tudo está presente e que dá propósito a tudo. Seria como dizer que Deus não está no controle, noção que não cabe de forma alguma no conceito de Deus. Essas ilusões são criadas para evitar que as pessoas despertem, compreendam não só sua condição espiritual como toda a verdade sobre o universo, temendo e projetando em seres espirituais qualidades limitadas e tipicamente humanas.
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