Se sou médium, eu preciso desenvolver mediunidade? É obrigação?
Não, desenvolver mediunidade não é uma obrigação, mas sim um dom, uma benção que lhe foi dada pelo seu desenvolvimento espiritual. Muitas pessoas têm dificuldade em aceitar esse dom, querendo saber formas de anular a sua mediunidade. Mas é preciso ter consciência: a mediunidade não é um problema.
Ser cavalo – ter o dom da mediunidade de incorporação
“Fio, cê é cavalo”. Essa é uma expressão utilizada por entidades para dizer a uma pessoa que ela é médium de incorporação. Algumas pessoas que sentem mal-estar, presenças do plano espiritual e outros sintomas acabam vendo a mediunidade como um problema, mas isso é na verdade é a falta de entendimento e de preparo para compreender esse dom. A mediunidade é algo natural a quem tem isso muito claro e organizado dentro de si mesmo.
O que acontece é que a mediunidade muitas vezes floresce quando a pessoa está passando por um momento vulnerável, conturbado de sua vida. Ela surge como um pedido de socorro espiritual, uma saída para as aflições vividas naquele momento.
E quando o médium aceita o seu dom, o que muda?
Quando o médium aceita sua benção e decide desenvolver sua mediunidade, ele para de sofrer, ele não incorpora involuntariamente e começa a entender e interagir com esse Universo de forma muito mais harmônica e segura. É como se tirasse uma preocupação de sua cabeça e encontrasse na mediunidade um caminho para paz e serenidade.
Mediunidade é uma busca pelo sentido da vida
A mediunidade, quando ela começa a se manifestar (e especialmente se o médium a tenta rechaçar) aparece de forma bruta, vem com toda a força, pois é preciso uma canalização correta, lapidar essa força. Assim, é possível que uma pessoa sinta medo ou problemas emocionais e físicos ao sentir os sinais de sua mediunidade. Aliviar esses sinais passa pelo despertar sua vivência espiritual e pelo desenvolvimento mediúnico.
A mediunidade não é uma troca
Não se pode querer desenvolver mediunidade unicamente para parar de ter sintomas associados a ela. Não é uma troca no estilo: “eu desenvolvo e paro de ter alucinações” ou “eu desenvolvo e paro de sentir dores”. Os sintomas são sinal de que o seu corpo emocional e psicológico está fragilizado e isso sim precisa ser tratado e reforçado. O desenvolvimento mediúnico é um processo muito mais profundo do que isso, que passa pela transformação espiritual que a vivência da religiosidade vai fazer em sua vida.
A Umbanda desenvolve Médiuns?
Não se pode pensar dessa maneira. A Umbanda não criou a mediunidade muito menos serve como uma “academia” de médiuns. Os centros de Umbanda não existem apenas para que as pessoas possam manifestar a sua mediunidade, o desenvolvimento desse dom é uma consequência de ser um umbandista de fé.
Se você não desenvolver mediunidade, não será punido
A mediunidade não obriga ninguém a aceitar esse dom à força, muito menos castiga quem opta por não vivê-la. Desenvolvê-la é uma missão bonita, mas não existe punição para quem não quer praticá-la. É uma manifestação de seus sentidos, uma forma de encontrar respostas para suas questões e para ajudar outras pessoas, uma missão dada pelo Criador que pode ser ou não aceita pelo seu coração.
Se você deseja desenvolver mediunidade, procure um Terreiro honesto, com conduta civilizada e pessoas de bom coração para orientar o seu caminho. Busque compreender o que a mediunidade significa para você e se você quer aguçar esse dom.
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