Pessoas zumbi: será que você é uma?
Nós temos um certo fetiche com zumbis, um tema amplamente abordado por filmes e séries. Tempos apocalípticos em que corpos humanos são tomados por um vírus e fazem os humanos vagarem, sem consciência nenhuma e sedentos por cérebros estão na moda. Apesar do tema não passar de ficção, muitas pessoas experimentam esse estado e passam pela vida sem consciência alguma sobre a realidade. Mas claro, nenhuma delas gosta de cérebro.
“A imaginação é mais importante que o conhecimento”
É isso que acontece quando permanecemos adormecidos. A vida passa e nem percebemos… É como se não estivéssemos no controle. São as pessoas zumbi. Será que você é uma?
Quando você só sobrevive
Existe uma diferença enorme entre viver e sobreviver. Quem vive está consciente, usufrui da vida e está no comando dos eventos. E isso não tem nada a ver com as condições de vida, mas sim com o foco da atenção e a consciência constantemente voltada para o momento presente. Quem sobrevive vive em uma apatia, um estado de dormência que as impede de perceber a realidade a sua volta. E não falamos apenas da realidade extrafísica, mas também da dinâmica da vida na matéria, o funcionamento do mundo. Senso crítico, por exemplo, faz parte desse quadro apático. Acreditam nas coisas mais absurdas e são constantemente manipuladas pelo sistema. Elas obedecem, como gado. São conduzidas, nunca conduzem.
Para estar no comando, é preciso estar acordado e compreender o que acontece em volta. Quando você vive enganado, seduzido, as decisões tomadas e o que orienta a vida é baseado em ilusões, não na realidade. E certamente faz parte do despertar espiritual a compreensão da realidade, caso contrário, não é possível alcançar um entendimento mais profundo sobre o mundo espiritual. A matéria está relacionada com o espírito e quem não consegue se livrar das seduções materiais se torna um zumbi.
“Todas as graças da mente e do coração se escapam quando o propósito não é firme”
E o que significa ser um zumbi? Em resumo, ser um zumbi é construir uma vida se propósito e totalmente voltada para a matéria. Sabe aquela pessoa que acorda, trabalha, se alimenta, dorme e recomeça tudo outra vez? Pois é. O foco dessa pessoa está nas conquistas materiais e financeiras e a pessoa é capaz de dar sua vida por esses ideais. Nada tem mais importância que a carreira, mesmo quando a saúde e as relações afetivas estão prejudicadas. Trabalhar é necessário para viver, mas nossa atividade profissional não pode ser a razão de tudo, a essência da nossa vida. Nós não somos o nosso trabalho, somos muito mais.
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Ser lúcida em um mundo de zumbis
A lucidez passa pelo autoconhecimento. Saber o que nos move e nos impulsiona a ser como somos é o primeiro passo. É preciso buscar autonomia, ter luz própria e assumir o protagonismo da vida e exercer controle sobre as emoções. Só quando despertamos em relação a nós mesmos, a nossa condição espiritual é que podemos evitar que a nossa personalidade e as nossas ações sejam diluídas no todo, na massa.
Para viver uma vida plena, é preciso estar consciente das nossas potências. Todos temos um poder enorme dentro de nós, qualidades e habilidades que podem estar adormecidas e que precisam de desenvolvimento. Imagine a tristeza de um pintor que trabalha com contabilidade. Talvez ele nem saiba dessa habilidade que possui e vive uma vida sem brilho, sem alegria e distante dos anseios da alma. A pessoa vai seguindo o que é esperado dela pelos outros e pela sociedade, atingindo os marcos esperados no tempo esperado. Mas a plenitude não chega e a pessoa não consegue compreender de onde vem esse vazio. Isso quando a pessoa consegue sentir que existe um vazio, que algo está faltando, porque muitas vezes nem isso as pessoas zumbi conseguem fazer. Ser lúcida em um mundo de zumbis não é tarefa fácil, pois as pessoas costumam procurar fora o que está dentro delas.
Esse piloto automático que ligamos também tem muito a ver com o individualismo. Quando pensamos só em nós mesmos, nos privamos de olhar para o lado e caminhamos cegos em direção aos nossos objetivos. Quando foi a última vez que você ajudou um desconhecido? Você costuma ter ações no mundo que beneficiam outros além de você? Essas perguntas sempre devem ser feitas por quem não quer ser um zumbi. E sabe o que tem ajudado muito as pessoas a se fecharem dentro de si? A tecnologia. Quanto mais avanço a tecnologia nos traz, mais ela nos afasta de nós mesmos e dos outros. Nos dias atuais com os aplicativos de comunicação se perdeu o que a sociedade demorou séculos para construir: a sociabilidade. As pessoas não se relacionam mais… Basta ir a um restaurante para ver que muitos casais mal se falam, mantendo os olhos grudados e hipnotizados pelas telinhas.
Como evitar uma vida zumbi?
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Princípio da descrença
Um dos maiores erros dos zumbis é a aceitação sem questionamento. Com isso, se tornam totalmente manipuláveis e adormecem cada vez mais. Não acredite em nada, somente naquilo que você puder comprovar. Deixar as emoções de lado também ajudam, já que muitas pessoas preferem a mentira que sustenta suas ideias a verdade que coloca elas em cheque. Contra fatos não há argumentos! Comece observando mais a fundo as questões que possuem dados objetivos. Com a espiritualidade esse movimento fica mais difícil, pois, estamos longe de obter qualquer dado que comprove qualquer teoria que seja. Mas lembre-se, a própria espiritualidade para ser compreendida exige que se tenha um esclarecimento sobre a realidade material. Sempre abra a possibilidade para que certas coisas não sejam exatamente da forma como se apresentam, mesmo quando o que é dito lhe agrada. Evite o fanatismo e a cegueira intelectual.
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Autoconhecimento
Quem se conhece, não se engana. Quanto mais para dentro você olhar, mais desperto vai ficar e mais respostas terá. Quase tudo aquilo que questionamos pode ser encontrado dentro de nós. Conhecer os seus limites, as suas fraquezas e forças dá a autonomia que você precisa para escapar da vida zumbi.
“Somos o que pensamos. Tudo o que somos surge com nossos pensamentos. Com nossos pensamentos, fazemos o nosso mundo”
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Medo
O medo nos paralisa e entorpece, exceto quando ele age para a preservação da vida, fora desse contexto ele é um dos elementos mais fortes que ocasionam o entorpecimento da mente. Por medo de arriscar, muitas pessoas fecham as portas de grandes oportunidades na vida, que gerariam um desabrochar na da vida material, como também espiritual. Nada na vida oferece garantias e quanto mais medo você tiver, menos vai enfrentar a realidade.
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Individualismo
O outro é um espelho que reflete a nós mesmos. Estar consciente do outro e colocar a sua força em favor do próximo tira o foco do seu próprio umbigo, das suas necessidades individuais e faz com que você fique mais alerta e desperto. Conforme exerce a empatia e busca compreender as diferenças do mundo, mais munido de elementos você fica para despertar para a realidade que te cerca. Quanto mais individualistas somos, mais alienados ficamos e mais zumbis nos tornamos. Existe um mundo além de você e ter consciência dele faz você quebrar padrões e sair da sedução de certas narrativas.
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