O nosso corpo fala – cinesiologia mística e autoconhecimento
Nosso corpo fala. E fala demais, muito além do que queremos ou imaginamos, denunciando nossas reais intenções, sensações e sentimentos. E a forma como nos movimentamos, a postura que sustentamos, até mesmo a nossa forma de andar são influenciadas pela nossa personalidade e assinatura espiritual. O corpo comunica tudo e nada fica escondido.
“O meu corpo é um jardim, a minha vontade o seu jardineiro”
Quando pensamos em expressões faciais, temos uma ciência que estuda como as emoções genuínas movimentam os músculos da face e denunciam como estamos nos sentindo naquele momento, mesmo quando nos esforçamos por dissimular e vestimos o que esses profissionais chamam de máscara social. Esses especialistas dizem que a análise das microexpressões faciais é ainda mais precisa que o polígrafo, quando se trata de perceber quando alguém está mentindo ou escondendo informações.
O que é cinesiologia
A cinesiologia é a ciência que estuda e analisa os movimentos do corpo humano.
Profissionais de educação física, reabilitação psicomotora, terapia ocupacional, fisioterapia e massoterapia se valem da cinesiologia para entender os músculos, ligamentos, e como eles se conectam, além de compreender o que as formas específicas de movimentação podem significar no contexto geral do humano.
O principal objetivo da cinesiologia é compreender as forças que atuam sobre o corpo humano, para conseguir transformar e manipular essas forças através de procedimentos que melhoram o desempenho humano e previnam lesões e complicações físicas. Entre as forças que podem influenciar os movimentos, temos a gravidade, tensão muscular, resistência externa e atrito, raramente percebidas mas muito atuantes. Conhecer onde essas forças atuam e a relação delas com os movimentos do corpo é fundamental para promover o bem-estar físico e também emocional.
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Cinesiologia mística
Uma ramificação da cinesiologia é a cinesiologia mística, e se diferenciam essencialmente quanto ao universo de impacto no físico. Enquanto a cinesiologia tradicional tem foco no físico, ou seja, as forças naturais que influenciam os movimentos, o eixo da cinesiologia mística é o universo emocional e também espiritual.
Criamos uma realidade em nosso mundo mental que define nosso padrão vibratório: nossos problemas não nascem de uma crise econômica, do mau tempo, do trânsito infernal, do chefe chato ou do vizinho que incomoda, mas sim da forma que reagimos a isso tudo. O ser humano carrega uma carga emocional enorme, pois, desde a infância desenvolvemos uma leitura sobre os eventos da vida que formam nossa personalidade e influenciam em nossa vibração. Sabemos que a vida é um constante enfrentamento de situações que nem sempre são confortáveis e que é através de uma certa dose de sofrimento que conseguimos crescer e nos desenvolver. Porém, quando uma emoção (especialmente aquelas do espectro considerado negativo) não é trabalhada, processada, ela pode se alojar em algum órgão do corpo ou alterar nossa postura e movimentos.
“se abstrairmos certos exageros, vamos chegar a um senso comum: nós realmente facilitamos certas invasões ao nosso corpo. É o que se chama somatizar, ou seja, é quando uma dor psíquica pode se manifestar fisicamente”
A cinesiologia mística nos ajuda a tratar não o sintoma, como uma dor nas costas, por exemplo, mas sim as causas que desencadearam um processo de dor ou de doença. E, é claro essas causas têm como origem as nossas emoções, a forma como sentimos o mundo e também a qualidade dos pensamentos que nutrimos. A cinesiologia mística ajuda a identificar as emoções mais primárias, aquelas que nem sempre conseguimos trazer para a consciência e racionalidade para tomar conhecimento delas.
Aliada a terapia cinesiológica, pode-se utilizar florais e aromaterapia para a cura das emoções desajustadas e uma melhora do estado geral da saúde física, emocional e espiritual.
O que seu corpo revela sobre você
Separamos alguns exemplos de como nosso emocional pode influenciar nossos movimentos, nosso corpo físico, através da visão da cinesiologia mística.
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Acúmulo de gordura
Não só os movimentos, mas também o formato que nosso corpo adquire está relacionado com as emoções e o nosso psicológico. Por exemplo, quando temos tendência a reter muita gordura no abdômen, é sinal que estamos desequilibrados. Claro que a alimentação também influencia, porém, existe sim uma diferença entre os locais onde o corpo das pessoas retém mais gordura e esse mecanismo se dá através dos padrões emocionais. No caso, o abdômen simboliza equilíbrio e harmonia e tende ao acúmulo quando existe muita culpa, crítica ou revolta. Já quando é o nosso braço quem sofre com os efeitos daquilo que comemos, significa que estamos frustrados em relação às nossas conquistas e ambições, nos sentindo limitados ou sendo limitados por alguém. Já a área dos culotes tende a entrar em desarmonia quando existem conflitos sérios de relacionamento com o pai, especialmente quando existem mágoas e ressentimento.
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Problemas nos joelhos
A indecisão, aquela postura de ficar “em cima do muro” e se abster de tomar decisões em momentos cruciais da vida reflete nas articulações do joelho. Quando as dores são recorrentes, falta flexibilidade e abertura para aceitar críticas e opiniões alheias, mostrando que existem feridas emocionais e dificuldade em se posicionar da forma correta. É preciso amadurecimento para compreender novas formas de se defender e se relacionar, especialmente em relação aqueles que trazem conflitos.
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Má postura – peso nos ombros
Quando temos um excesso de preocupações e tentamos controlar tudo, carregar o mundo nos ombros, nossa postura sofre e assume essa característica emocional. Nosso ombros são jogados para a frente e nossa postura fica completamente prejudicada, trazendo muitas dores nas costas e na região do pescoço. Falta de autoestima, o padrão mental de “não encarar” os outros e os problemas, mágoas e ressentimento são também responsáveis pela má postura e a corcunda que algumas pessoas carregam desde a infância. Perdoar e ressignificar o passado para enxergá-lo com alegria, como parte essencial da construção do eu, além da percepção de que mesmo que tenham lhe feito algum mal o perdão é o caminho de sua própria libertação, são formas de ressignificar o que é negativo e pode ajudar a quebrar esse ciclo que se estabeleceu e que está levando a ostentação de uma postura nociva.
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Artrite
Quando carregamos muito ressentimento, quando somos muito críticos com o outro e geramos, por essa razão, um sentimento enorme de frustração, podemos desenvolver a artrite. O sentimento de desamor, a sensação de que nos foi negado certos cuidados e não sentimos de quem amamos que somos valorizados, reflete nas nossas articulações e nos ossos. Permitir que o outro seja ele mesmo e aceitá-lo por completo, da forma como é, pode ser o início do caminho que vai levar ao alívio dos sintomas. É preciso ser livre e deixar que o outro o seja também.
“O homem não tem um corpo separado da alma. Aquilo que chamamos de corpo é a parte da alma que se distingue pelos seus cinco sentidos”
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Fibromialgia
A fibromialgia é uma doença crônica que atinge músculos, tendões e ligamentos e não é diagnosticada por exames clínicos, e provoca sintomas como dor intensa e generalizada pelo corpo, fadiga, distúrbios do sono e rigidez pela manhã. Esse estado está muito relacionado com sentimento de punição, com a crença de não ser bom o suficiente ou uma forma de autoagressão por ter realizado (ou não) alguma coisa no passado. Ao longo dos anos, são pessoas que passaram muito tempo dedicadas ao outro, a resolver os problemas alheios e não tiveram chance de resolver os próprios dilema. Podem ser também pessoas carentes de incentivo e consideração para investir em si mesmas, acumulando muita culpa quando suas ações desagradam alguém.
Fazer o que gosta e o que dá prazer é o primeiro passo para enfrentar melhor esse problema. Mesmo quando realizar algo com alguém, ou para alguém, isto tem que dar prazer. Perdoar-se e trabalhar a autoestima também fortalecem a positividade emocional que combate as crises da doença.
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