O que são e como funcionam os tanques de isolamento?
Os tanques de isolamento tiveram suas origens em meados dos anos 50, pelas mãos do então neurocientista John C. Lilly. Mais precisamente, a descoberta deu-se em 1954, quando ainda se acreditava que ao desligar o cérebro do mundo externo, o ser humano seria levado a dormir. O fato é que, apesar dessa corrente em que se apoiava sua hipótese – inclusive no uso de várias drogas psicotrópicas como o LSD em suas experiências -, o Dr. John C. Lilly quis ir mais a fundo no estudo dos efeitos da privação sensorial sobre o cérebro humano, e por isso criou este aparato.
Como funcionam os tanques de isolamento
Desde então chamados de tanques de privação sensorial, tais equipamentos sofreram muitas mudanças e “aprimoramentos”, mas seu princípio fundamental de isolamento não mudou em demasia. Afinal, ainda em dias atuais, os tanques são amplamente utilizados em diversos tipos de tratamentos, como em sessões de relaxamento e meditação onde, segundo especialistass é capaz de levar a estados alternativos de consciência.
De forma resumida, o indivíduo é colocado no interior de uma câmara que ofereça o máximo possível de isolamento sobre qualquer fonte exterior de luz e som; como podem perceber, a experiência se assemelha bastante a sensação causada pela ausência de gravidade no espaço.
No interior da câmara, há ainda determinado volume de água, capaz de cobrir completamente o corpo do indivíduo que lá está. Essa água é fortemente enriquecida com Sal de Epsom e assim a alteração da densidade faz com que o corpo “boie” com extrema facilidade, estando sempre na superfície, mesmo que completamente relaxado.
A água com sal é ainda mantida durante todo o tempo com a temperatura específica de 34 graus Celsius, a qual representa a mesma média térmica da pele humana, servindo para que o corpo seja enganado. Deste modo, misturando o ambiente ao corpo do indivíduo, sua consciência terá dificuldades em estabelecer os limites entre seu próprio corpo e o ambiente externo.
Os primeiros modelos possuíam algumas poucas diferenças, como o uso de máscaras de oxigênio, as quais eram utilizadas antigamente devido ao fato onde os indivíduos eram completamente submersos no tanque de água. Essa prática foi abandonada após notar que a máscara acabou por se tornar uma distração para os pacientes.
Os efeitos de um tanque de isolamento
A imersão nos tanques de isolamento proporciona algumas experiências físicas e biológicas certas e muito lógicas, mas o que torna a experiência mais interessante é que o contexto psicológico torna a vivência da indivíduo dentro do tanque única e muito diferentes entre si.
Há quem diga que a experiência permite não somente entrar em contato com níveis de consciência nunca antes alcançados dentro de si mesmo, mas torna possível até mesmo o contato com outros universos. Tal fato foi defendido tanto pelo criador do aparelho, como por figuras conhecidas como Walter Bishop, protagonista da série de TV Fringe.
A maioria dos usuários, porém, relata experiências muito semelhantes as alcançadas através da meditação profunda, com uma intensa sensação de distinguir a mente do corpo. É preciso ter cuidado no entanto com a forma como interpreta a experiência sem ser orientado por um profissional responsável, pois existem diversos estudos onde indica-se que um estado de completa privação sensorial por apenas 15 minutos já é capaz de levar o ser humano a estados alucinatórios.
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