A Lei do gênero – o sétimo princípio das Leis Herméticas
A Lei do gênero é a última das sete leis de Hermes Trismegisto. As Leis Herméticas têm como objetivo explicar os mistérios do universo e serviram como base para diversas religiões e correntes espirituais. Elas foram publicadas no livro Caibalion, a partir dos escritos deste mestre do Egito Antigo. Neste artigo, vamos explorar a Lei do gênero, o sétimo princípio das leis universais.
O que diz a Lei do gênero?
De acordo com a Lei do gênero, os sentimentos de atração e repulsa não existem sozinhos e um depende do outro. Um pólo positivo não se cria sem um pólo negativo. O último princípio hermético deriva do princípio da polaridade, já que os gêneros são opostos e a falta de um evidencia o outro.
Porém, a Lei do gênero traz algo novo: a partir dela surge o potencial de criação, geração e regeneração. Nada poderá ser criado sem que haja uma aliança entre o feminino e o masculino.
O feminino está ligado à fertilidade, receptividade, concepção de ideias, criatividade e intuição. Enquanto o masculino, se expressa pela lógica, poder racional, força motriz e ímpeto da proteção. Nenhuma ideia pode ser concretizada sem a ação, por isso a criação acontece através da combinação e equilíbrio de energias masculinas e femininas.
Esta lei explica que o gênero se manifesta nos diferentes planos, não somente no plano físico através do sexo masculino e feminino, mas também no plano mental e espiritual. Desta forma, os gêneros são expressados não apenas nas características físicas, mas no modo de pensar, agir e na energia que emanamos.
No Caibalion ainda é dito que as coisas podem ser macho ou fêmea. Um exemplo seria o pólen das plantas, que pode ser o elemento masculino que fertiliza o solo, que é o elemento feminino. Mas, assim como existem machos e fêmeas, tudo que existe tem dentro de si um lado masculino e feminino.
“O Gênero está em tudo: tudo tem seus princípios Masculino e Feminino, o gênero se manifesta em todos os planos da criação”.
Aplicações da Lei do gênero
A Lei do gênero está ligada às capacidades mentais desempenhadas por cada lado do cérebro. O lado direito exerce práticas de essência feminina descritas pelo hermetismo – criatividade, artes, intuição, complacência, recepção. Já o lado esquerdo, se associa à essência masculina – razão, lógica, linguagem, método, ação, agressividade.
Apesar da antropologia biológica explicar a tendência de homens e mulheres desempenharem determinadas funções, hoje sabemos que nossas características biológicas não limitam nossas capacidades emocionais e intelectuais.
Apesar disso, vivemos em uma sociedade em que a energia masculina ainda se sobressai e é preciso estarmos atentos para não haver um desequilíbrio da energia feminina. Portanto, é necessário nos reconectar com o lado feminino presente em todos nós.
Como o princípio do gênero se aplica à religião e astrologia?
O Caibalion diz que as coisas podem ser femininas ou masculinas e isso se aplica a diferentes divindades em religiões como Umbanda e Hinduísmo. As deusas estão presentes em diversas religiões e costumam ser associadas à fertilidade, intuição e capacidade de regeneração.
Na astrologia, o gênero também pode ser atribuído aos planetas, elementos e signos. Eles podem ser femininos ( signo de Câncer, elemento água, Lua) ou masculinos ( signo de Áries, Marte, elemento fogo), de acordo com suas características dominantes. Através do estudo do seu Mapa Astral, é possível descobrir qual é o gênero mais dominante em você.
O desenvolvimento pessoal no princípio do gênero
Nossas características masculinas e femininas buscam equilíbrio e harmonia o tempo todo dentro de nós. Muitas vezes, prosperamos em um ambiente de ação, em outros casos, a criatividade nos serve melhor. O mais incrível é que naturalmente sabemos encaixar o que é preciso em determinado momento.
Se você quer aproveitar ao máximo a Lei do gênero, vá fundo em seu ego e veja o que ele deseja em diferentes situações. Descubra formas pelas quais seu lado masculino e feminino desejam ser nutridos.Devemos romper os limites dualísticos de nossos caminhos condicionados e criar uma harmonia entre os diferentes aspectos e dimensões dentro do Eu. Depende apenas de nós para nos abrirmos ao princípio do gênero e criar equilíbrio em nossas vidas. Ao atingir conscientemente um estado equilibrado do eu, refletimos a harmonia universal fora do eu.
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