A concepção do budismo para o Amor
O amor é um dos sentimentos mais importantes em todo o mundo. Em nossa sociedade ocidental, ele é visto como algo compartilhado e, em certos casos, nem tanto, como o amor por interesse, por desejos egoístas e individuais. Entretanto, como senso comum, dizemos amar alguém quanto também achamos que a pessoa nos ama, senão estaríamos em platonismo. Mas o que o Budismo acha disso? Você sabe?
Budismo: sua concepção de amor
O Budismo é uma religião que teve início na Ásia com o mestre Buda, pregando a paz, sabedoria e luz para todos os que o seguiam. Bem, o amor sempre esteve em cada um dos seus ensinamentos, mas nunca era tão explicitado pois a relação que os budistas nutrem com o amor é muito mais profunda, pessoal, íntima e sagrada.
Mas como é então que funciona esse tal de amor no Budismo? Bem, primeiramente ele nunca é por interesse, até porque quem ama é aquele que doa. Quando amamos alguém no mundo budista, estamos doando, dando para a pessoa, uma semente. Exatamente isso.
Como a lótus, que nasce em lagos pura, simples e afastada do mundo, a nossa mente nasce no coração do próximo. Então, no budismo, a gente não pensa em amar para ser amado de volta, pois sabemos que este não é o objetivo do amor. O objetivo, o grande foco deste sentimento, é poder ser: ser feliz pelo outro, existir pelo outro, estar com o outro, acalentar o outro, confortar o outro.
Quando nos esquecemos de nós mesmos e começamos a ver o outro acima de tudo, é quando amamos para o Budismo.
Esta definição é poderosa e não tem nada a ver com o amor ocidental, até porque por aqui, no Ocidente, quando pensamos em amor, logo nos vem à mente os relacionamentos, os namoros, casamentos, noivados, festas, família.
No Budismo não é assim. Não é porque você ama alguém que você quer ter relações ou casar com esta pessoa. Tanto é que você deve amar mesmo os desconhecidos.
Quando você passa pela rua e vê um mendigo no chão, pobre e moribundo, querendo comer alguma coisa, você pode muito bem lhe dar um prato de comida, uma garrafa d’água. Você sabe que ele não conseguirá te retribuir, mas não é isso que você espera, na verdade o que você quer é plantar uma semente de amor no coração deste pobre homem. É exatamente isto o amor budista!
Clique Aqui: 3 Salmos para atrair e exercitar o amor em 2019
Budismo e Cristianismo: o que eles têm em comum?
Quando contrastamos essas duas religiões e movimentos espirituais, nos deparamos com muitas semelhanças, mas também com muitas diferenças. Falar de amor cristão e de amor budista, hoje em dia, é muito diferente e – em certos casos – pode até mesmo ser paradoxal.
Isto porque a sociedade ocidental acabou corrompendo o amor cristão, pregado por Jesus Cristo.
Quando pensamos em Jesus, devemos ter em mente que ele veio do oriente, ou seja, a sua necessidade de amor é mais próxima de Buda do que a necessidade que hoje temos numa sociedade completamente capitalista e interessada em meios financeiros.
Assim, Jesus sempre dizia: “Amai uns aos outros como a vós mesmos”. Ou seja, ele não queria que você amasse o seu próximo para ser amado, mas sim para que – sendo amado por si mesmo, se respeitando e se reconhecendo como ser que ama – você pudesse amar o seu próximo e, com ele, cultivar o grande jardim de amor de nosso Universo.
Pois bem, em nossos tempos atuais, essa concepção de amor acabou sendo corrompida, as pessoas hoje o veem apenas como um sentimento necessário para namorar, casar e ter filhos. Nada disso faz mais sentido. As pessoas adaptaram um sentimento tão genuíno e puro apenas para que pudessem continuar procriando e vivendo em casas, para poderem trabalhar e estruturarem uma família.
Mas o que é uma família, senão um recôndito e conjunto de amor? Pois é. O perigo de nossa sociedade é quando tentamos procurar necessidades em tudo ou quando queremos categorizar as coisas, colocando-as dentro de pequenas caixinhas. Ou seja, antes de julgarmos alguém por suas escolhas, por suas famílias ou pelo seu jeito de ser, temos que ter em mente o amor.
Amar antes de tudo, amar antes de qualquer coisa!
Clique Aqui: Como a imagem de buda na sua casa pode ajudar a trazer prosperidade
Budismo: como praticar este amor?
E, por fim, você pode praticar este amor com os seguintes conselhos:
– Olhe sempre as pessoas e não procure julgá-las logo de cara, tente sempre ver – nelas – o seu coração;
– Procure demonstrar que você se importa e nunca deixe de ser empático, isto também demonstra um cuidado e amor;
– Ame e não sinta a necessidade de sair espalhando por aí que você amou, que você fez uma boa ação ou que você tem um relacionamento. Isto não edifica o amor, apenas o coloca num pedestal de inveja e objeto material.
Saiba mais :