Ciganos no Brasil: a história de um povo
A origem do povo cigano ainda é uma origem muito incerta, já que os documentos daquela época são muito antigos. Os povos ciganos no Brasil chegaram após a descoberta do país, possivelmente em 1574, onde ocorreu a deportação por Portugal de João Torres e sua mulher Angelina.
Ambos chegaram ao país e foram viver pelas nossas terras, até porque os ciganos não eram muito bem vistos em Portugal. Não tinham boa fama e os portugueses os associavam com bruxos e praticantes de magia negra.
Ciganos no Brasil: ascensão
Os ciganos então começaram a se multiplicar na região norte e nordeste de nosso Brasil, vindo mais tarde à zona sudeste e sul, se espalhando assim por todo o Brasil.
De origem milenar, nas regiões da Índia, os povos ciganos tinham várias etnias e outros mil costumes, mas, quando adentraram ao Brasil, apenas três etnias se tornaram as principais para estes: a Calon, a Rom e a Sinti. Hoje em dia, é mais comum que encontremos ciganos no Brasil que se dizem pertencentes à Calon.
Estilo de vida dos ciganos no Brasil
Boa parte dos ciganos acabam vivendo em zonas de pouso, como terrenos usados para que estes possam acampar, às vezes comprados ou ocupados pelos próprios. Muitas propriedades privadas já doaram terras para estes povos, que ainda buscam sua dignidade em meio a uma sociedade tão intolerante às diferenças.
Os ciganos no Brasil se localizam geralmente próximos a estações e grandes centros, para poderem trabalhar e que a logística do grupo seja a melhor. De trabalho informal, os ciganos se especializam em várias coisas, mas nunca fogem muito do seu ambiente familiar, para não romperem com as tradições.
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Ciganos no Brasil: os homens ciganos
Os homens de origem cigana se vestem geralmente num estilo mais “country”, como se fossem caubóis de nosso sertão e, até mesmo, caipiras. Se não estão envolvidos com a venda de aparelhos eletrônicos ou num estilo de comércio mais informal, eles vão cuidar de animais, como porcos, frangos e boiada.
Não são muito preocupados com uma aparência ocidental, entretanto os mais novos gostam de fazer academia e de usarem o cabelo do “momento”. A atração sexual e os relacionamentos amorosos no meio cigano mantém um foco no olhar e no coração, sem muita influência do corpo físico.
Ciganos no Brasil: as mulheres ciganas
Já as mulheres, estas procuram guardar com afinco suas origens. Reconhecidas pelos vestidos chamativos, elas adoram estar com suas saias rodadas repletas de cores vivas e luxuosas. Gostam de rendas, contrastando com o tecido do saião e usam bijuterias, sobretudo de ouro.
Os dentes de ouro também são muito importantes para a sua cultura, pois indicam que elas são bem de vida ou que sua família é abastada.
Estão sempre envolvidas com ambientes musicais. No norte e nordeste, priorizando o forró e axé e, no sul e sudeste, uma música caipira raiz ou sertaneja.
O trabalho delas consiste nos afazeres domésticos e, na rua, com a leitura de drabas, o que quer dizer a “leitura das mãos”, onde elas falam sobre o futuro e a vida atual das pessoas cuja as mãos ela lê.
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A língua dos ciganos no Brasil
E você sabe qual língua eles falam? Bem, de modo geral, todos se comunicam muito bem em português, mas boa parte da população cigana guarda consigo o Romani, língua de seus povos. Mesmo no português do dia-a-dia, eles deixam transparecer várias palavras como “paposke” (avô), “nano” (tio), “sato” (relógio), entre outras.
Como este dialeto sobrevivente do Romani, chamado por eles de “chib/shib”, não é ensinado nas escolas, quando as crianças ainda são pequenas, elas tendem a ficar bastante tempo no acampamento, para que possam escutar a língua e crescerem com boas noções de Romani, preservando assim essa cultura tão importante e maravilhosa a este povo.
Ciganos no Brasil: os problemas destes
Existem várias problemáticas e situações difíceis que os ciganos passam hoje em nosso país. Dentre elas, iremos destacar as principais.
A situação social deles, em relação à desigualdade e a falta de políticas de integração, é muito difícil. De um lado eles não são bem aceitos na sociedade e, por outro, nem na jurisprudência de nosso país.
A parte cultural, tão rica e fundamental para o povo cigano, tem sido extinto de pouco em pouco. Hoje em dia, é difícil encontrarmos acampamentos que fazem uso integral de sua língua ou sigam seus costumes à risca. Esta perda é muito triste para os ciganos.
E, por fim, temos um problema de ordem política e plural. Os ciganos, devido às suas extensas buscas e viagens pelo país, acabaram criando acampamentos em vários pontos e evoluindo de formas diferentes. Por isso que hoje é difícil encontrarmos relações amistosas entre os povos. Muitos brigam com os outros, culpando a perda de cultura ou o descuido com as formas de casamentos arranjados, etc.
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