Alquimia alimentar: a bruxa na cozinha
Esse texto foi escrito com todo o cuidado e carinho por um autor convidado. O conteúdo é da sua responsabilidade, não refletindo, necessariamente, a opinião do WeMystic Brasil.
Cozinhar é mais do que uma arte. É uma magia chamada alquimia. Terapia!
A arte de cozinhar se tornou um peso para muitos, em seu dia a dia. É triste, mas boa parte das pessoas acham que somos obrigados a cozinhar como uma tortura. Isso pode ser relativo! Cozinhar é mais do que uma arte. É uma magia chamada alquimia. Terapia!
Trarei aqui, a importância dos alimentos, no meu ponto de vista mágico. Assim poderá despertar a essência mágica dos alimentos e encantar pratos para todos os fins. Que tal fazer uma torta que atrai a fartura? Ou uma bebida que acalma os ânimos e tira a aflição? Ou um drink que desperte aquele desejo ardente naquela pessoa especial?
Meus cookies da sorte sempre funcionaram de maneira mágica, atraindo amigos leais e tornando todos bem-humorados! Quem disse que um biscoito não faz milagres? Chás curativos, dentre várias outras receitas.
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A origem — Ciência astrológica dietética
Foram Os Caldeus que iniciaram a prática da Astrologia dietética. Logo se expandiu pela Terra. Era tendência na época da Grécia clássica. Hipócrates, o pai da medicina, era um astrólogo formidável.
Astrologia era uma ciência que era usada para cura, evitava as doenças. A origem vinha dos Astros, e ele nunca deixava de consultar, isso lhe trouxe fama. Ele considerava esta a fonte de conhecimentos primordiais.
Como conveniência, médicos e astrólogos trabalharam juntos. As Cátedras de Astrologia se abriram no século XIII nas maiores cidades: Paris, Roma, Florença, Viena e, principalmente, Praga, a antiga, a capital do estudo dos astros.
Esses segredos se perderam com o tempo. Somente os grandes sacerdotes tinham o poder que envolvia a Astrologia. Ensinavam, então, uma outra maneira de viver, de ter cuidados com a saúde, com a alimentação, como se houvesse a cada momento da vida de cada indivíduo um tratamento, uma alimentação apropriada, um modo de vida preciso e adequado.
Pontos fortes e pontos fracos de constituição, de saúde e de nascimento foram apresentados. A correlação é muito profunda entre os Astros e o homem. O estudo Astrológico permite conhecer zonas de fraqueza de uma pessoa, as predisposições para certas doenças, o que anda de forma irregular e os períodos em que o poder vital aumenta ou diminui.
O planeta em queda ou em exílio numa área da vida demonstra uma fraqueza patológica. Como não podem existir dois seres fisiologicamente idênticos, nem perante a algum acontecimento, tem de se ter levado em consideração a especificidade de cada caso. Duas pessoas afetadas com a mesma doença reagirão diferentemente a um mesmo tratamento.
Na astrologia dietética, assim como na astrologia humana ou médica, os astros “inclinam-se”, mas não “determinam”. A hereditariedade genética pode ser coadjuvante, o legado biológico acumulado pelos nossos pais é demonstrado pelo ascendente solar e pelo planeta senhor do ascendente. Todas as grandes linhas apenas indicam e a parte de cada um não está definitivamente definida.
Se tratar, divertir-se, alimentar-se, dependem do ínfimo acaso muitas das vezes e, se a indicação existe, não é imperativa ou absoluta. É possível compor uma fascinante alquimia entre diversos alimentos de uma cozinha qualquer e mágica, onde a alimentação de cada um é indicada, mas nunca imposta com o rigor da absoluta certeza.
A Magia da comida
Existe dentro de cada um de nós a voz que sabe as respostas para nossas perguntas.
Sim, a intuição!
A parte que está inerentemente conectada à nossa verdade mais profunda e sempre sintonizada com o que o nosso corpo, mente e alma precisam. Nossa intuição nos faz lembrar que temos que desacelerar, ouvir e prestar atenção às mensagens e sinais de que o nosso corpo continuamente nos envia.
A falta de percepção pode trazer consequências irreparáveis. O nosso corpo de forma holística, integra-se com todo o resto e por ser a parte externa mais perceptível, é uma forma de se comunicarem, manifestando assim, os sinais quando algo não está bem por dentro. Estas mensagens podem ser transmitidas de várias maneiras, como em uma fome absurda, desejos ardentes, vícios, alergias, disposições de ânimo benéficas e prejudiciais, níveis de energia altos e baixos e sensações prazerosas.
Ao se alimentar, poderá perceber seus desejos intensos e escolhas alimentares através de uma lente de auto aceitação, auto respeito e bondade.
Alimentos crocantes, pães e bolos
Se notar que vem comendo muitos alimentos crocantes ultimamente, como pipoca, batata-frita, castanha de caju, você poderá observar se está zangado. Procure descobrir com quem ou com quem está. Se você vem comendo pão ou bolos recheados, provavelmente está procurando aconchego no lugar errado. E a comida é o índice que poderá lhe indicar.
Você acha que pode estar descarregando na comida alguma frustração? Por acaso sabe dizer ou perceber o que sua alimentação reflete em você? Tem percebido sobrepeso, ou falta do mesmo, excesso de toxinas e não sabe por onde resolver o que te incomoda mais?
Como uma boa taurina, venho orientar você a observar seus hábitos alimentares e consequentemente observar o que mais tem comido ou sentido vontade de comer nestes últimos tempos. Poderá assim, se autoconhecer através dos alimentos. E entender muitas coisas através de uma simples vontade de comer alguma coisa.
Os alimentos crocantes nos ajudam a extravasar a raiva de maneira segura, oferecendo-nos uma saída para que não tenhamos que lidar com as pessoas ou circunstâncias que estão nos deixando zangados.
Opções salgadas, trigo e laticínios
Já ansiamos por alimentos salgados, porque queremos por mais “tempero” à nossa vida, mas estamos amedrontados demais para correr este risco.
Produtos com elevado teor de glúten ou trigo remete ao conforto e segurança. O que é mais reconfortante do que uma fatia de bolo recém-saído do forno, ou uma lasanha? Os produtos que contém glúten, nos oferecem o aconchego e a segurança que precisamos de forma não ameaçadora. Digamos, uma certa saciedade ou satisfação. Alguma vez você já rejeitou uma fatia de bolo?
E os laticínios (leite, sorvete, queijos) faz a conexão do amor incondicional, afinal, nosso primeiro alimento foi o leite materno. Os laticínios açucarados e ou gordurosos representam o amor incondicional que recebemos ou deveríamos ter recebido no início da infância. Ansiamos por este tipo de alimento quando nos falta ou desejamos este amor incondicional e proteção e não conseguimos encontrá-lo na nossa vida cotidiana.
Os vícios: álcool e chocolate
O chocolate nos faz sentir tanto prazer quanto nosso impulso sexual, que também traz a mesma sensação quando realizamos nossos desejos sexuais. Somos todos seres sensuais e sexuais. Comer chocolate é uma maneira segura de nos sentirmos sensuais quando nossa vida carece de romance. Também é um substituto para o sexo e o amor físico de que precisamos, mas que podemos estar amedrontados demais para obter.
Quem nunca bebeu para esquecer? Se distrair? Ou até mesmo afogar a tristeza e a melancolia? O álcool faz a ligação entre a sua aceitação e você. Se você não se sente aceito por ser quem realmente é, ou pior, se você foi punido por ser quem realmente é, o álcool pode propiciar a ilusão da auto aceitação.
Ele também pode protegê-lo dos perigos percebidos da intimidade. O açúcar no álcool pode amortecer os sentimentos de fracasso; o álcool de cereais pode nos proporcionar os sentimentos afetuosos que talvez estejam ausentes em nossos relacionamentos.
A alegria de viver quando não conseguimos sentir alegria na vida, o açúcar faz isso por nós; se não somos capazes de permitir que outra pessoa compartilhe alegria conosco, podemos usar o açúcar como companheiro de divertimento.
Alimentos gordurosos
Vergonha. Os alimentos gordurosos ocultam nossa vergonha interior. Eles também nos envolvem em uma bolha de vergonha (gordura), de modo que ficamos a salvo das outras pessoas.
Afinal de contas, deixar que alguém se aproxime poderá nos fazer sentir pior ainda a respeito de nós mesmos.
A dieta ideal e o equilíbrio
Seu corpo é perfeito e sabe do que precisa. Quando você sente uma vontade desesperada por batata frita, por exemplo, pode ser indício de uma necessidade de aterramento, de se focar mais nos seus objetivos e menos nos seus devaneios.
Já a fritura, como falado anteriormente, pode remeter a um tipo de vergonha. Neste caso, uma necessidade de aterramento, mas vergonha de suas raízes, ou origens. Se você não se sente pronto para adotar uma dieta específica para o resto da vida, não o faça. Pessoalmente, eu acredito que a dieta ideal é aquela que você pode seguir sem dificuldade, mas isso também requer um hábito, e todo hábito não é fácil cultivar inicialmente — mas depois deve virar rotina.
A vida inteira e quanto mais ampla e colorida ela for, melhor. Coma sem culpa. Comer é um dos grandes prazeres da vida e seria um desperdício não aproveitar uma boa refeição. Quando estiver de frente para um alimento, coma-o com consciência, sinta o aroma, curta a beleza do prato, aprecie a textura. Respeite a saciedade que o alimento traz e não desperdice. É assim que você assimila melhor a energia da comida.
Comer realizando outra atividade como vendo televisão, falando no celular e lendo reduz muito o poder que o alimento poderia ter sobre você, seu corpo e sua vida. Comer pensando no quanto está engordando não vai cortar as calorias do alimento, mas vai realmente fazer você engordar. Sua mente dá ordens. Aprenda a controlá-la. O momento de comer, tanto quanto o momento de preparar o alimento, exige sua atenção e seu desejo, comanda o resultado!
Variar é bom. Infelizmente, você não reconhecerá boas refeições se não mudar de hábitos de vez em quando. Algumas pessoas gostam de ser limitadas e aumentam sua lista de limitações a cada ano.
Cada vez que você diz “não como isto”, está se tornando mais limitado. É diferente de ser seletivo. Ser seletivo está em saber escolher, e não se escolhe bem sem sentir ou provar cada alimento.
É natural não gostar de alguma coisa. Mas não é natural comer a mesma coisa eternamente e nunca se abrir para novos sabores. Por exemplo, você pode não gostar de coco, mas adorar cocada. Não gostar de abacaxi como fruta, mas gostar de uma piña colada. Procure experimentar mais e reclamar menos, abra-se ao invés de se fechar. Você pode ter boas surpresas.
Referências:
A Cozinha Astrológica – Marie Gerbeg e Monique Maine
A Cozinha da Bruxa Moderna – Eddie Van Feu
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