Sete de Copas e o Significado nas Cartas do Tarot

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Na sequência dos arcanos do elemento Água chegamos ao Sete de Copas. Neste arcano, a influência de Vênus em Escorpião é como o canto das sereias: sua sedução se dá por projetar nossos próprios desejos. Como um jogo de espelhos. Ficamos estagnados diante da falsa promessa de felicidade para, em seguida, sermos devorados pelas águas.

O Sete de Copas e seu Significado no Tarot

Analisando os símbolos da carta, um homem tem uma visão. Dentre as brumas destacam-se sete taças flutuantes. Cada uma com um conteúdo diferente, dispondo coisas desejáveis no mundo material ou metafísico – castelo, joias, louros, serpente, dragão, um semblante feminino… A taça central contém uma figura enigmática e fantasmagórica fazendo um gesto enigmático – pode ser o Arcanjo Haniel, relacionado a Vênus.

Tudo é muito bizarro. Pode ser um delírio, uma miragem. De qualquer forma, o homem desta figura está tão impressionado quanto paralisado, sem saber o que escolher.

Há uma grande diferença entre o sonhar saudável (como vimos no arcano Seis de Copas), que alimenta positivamente o futuro e forja um adulto capaz e responsável do sonho fantasioso do Sete de Copas.

Numa tirada esta carta sugere que você imagina que tem muitas opções. Na verdade, você está respondendo a uma espécie de sobrecarga de estímulos, que embotam seu discernimento e o direcionamento adequado de suas ações. Você não consegue dar um passo à frente, porque por mais que contemple várias possibilidades, a ilusão não permite que se atenha a algo sólido.

Você está precisando de ajuda para examinar sua confusão emocional e identificar seus próprios padrões de fuga na hora de responder às pressões da realidade? Como se dá seu modo de enfrentamento? Usa sua criatividade para criar soluções práticas ou para construir castelos no céu? De taça em taça, você vem fazendo progresso ou sente que apenas anda em círculos?

Novamente, nesta carta o elemento Água sofre uma separação, uma segmentação. Cada conteúdo, de cada taça, ao mesmo tempo que é impalpável, parece uma opção excludente das demais. A ilusão já começa nisso! A Água, como representação da espiritualidade, do Divino e do fluxo do próprio Universo em movimento, não pode ser compartimentalizada. Se isso acontece, algo está errado. Fora dos contos de fada, não existe felicidade possível quando o gênio da garrafa garante três desejos a quem o liberta. Esses desejos, realizados, seriam um aprisionamento.

Se você se vê hipnotizado por uma série de conjecturas, essa divisão estagnante não positiva, “não é de Deus”. Você está sendo fracionado, reduzido a pequenos desejos tolos, passageiros – enquanto a espiritualidade é o Todo, e não estilhaços dele. Em última análise, o sofrimento no Sete de Copas opera porque na energia deste arcano estamos mentalmente separados da Totalidade Universal.

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