Salmo 88 – Senhor Deus da minha salvação
O Salmo 88 mostra os questionamentos a respeito da presença e a crença em Teu poder. Orações sem resposta e sofrimentos por não compreender o tempo de Deus para as bênçãos.
As palavras do Salmo 88
Leia com atenção:
Ó Senhor, Deus que me salva, a ti clamo dia e noite.
Que a minha oração chegue diante de ti; inclina os teus ouvidos ao meu clamor.
Tenho sofrido tanto que a minha vida está à beira da sepultura!
Sou contado entre os que descem à cova; sou como um homem que já não tem forças.
Fui colocado junto aos mortos, sou como os cadáveres que jazem no túmulo, dos quais já não te lembras, pois foram tirados de tua mão.
Puseste-me na cova mais profunda, na escuridão das profundezas.
Tua ira pesa sobre mim; com todas as tuas ondas me afligiste.
Afastaste de mim os meus melhores amigos e me tornaste repugnante para eles. Estou como um preso que não pode fugir;
minhas vistas já estão fracas de tristeza. A ti, Senhor, clamo cada dia; a ti ergo as minhas mãos.
Acaso mostras as tuas maravilhas aos mortos? Acaso os mortos se levantam e te louvam?
Será que o teu amor é anunciado no túmulo e a tua fidelidade no Abismo da Morte?
Acaso são conhecidas as tuas maravilhas na região das trevas e os teus feitos de justiça na terra do esquecimento?
Mas eu, Senhor, a ti clamo por socorro; já de manhã a minha oração chega à tua presença.
Por que, Senhor, me rejeitas e escondes de mim o teu rosto?
Desde moço tenho sofrido e ando perto da morte; os teus terrores levaram-me ao desespero.
Sobre mim se abateu a tua ira; os pavores que me causas me destruíram.
Cercam-me o dia todo como uma inundação; envolvem-me por completo.
Tiraste de mim os meus amigos e os meus companheiros; as trevas são a minha única companhia.
Interpretação do Salmo 88
Nossa equipe preparou uma interpretação detalhada do salmo 88, leia com atenção:
Versículos 1 a 5 – Que a minha oração chegue diante de ti
“Ó Senhor, Deus que me salva, a ti clamo dia e noite. Que a minha oração chegue diante de ti; inclina os teus ouvidos ao meu clamor. Tenho sofrido tanto que a minha vida está à beira da sepultura! Sou contado entre os que descem à cova; sou como um homem que já não tem forças. Fui colocado junto aos mortos, sou como os cadáveres que jazem no túmulo, dos quais já não te lembras, pois foram tirados de tua mão”.
O Salmo tem início num verdadeiro clamor, um grito de desespero, para que Deus escute o salmista; que se considera tão próximo da morte, que já se põe entre os mortos.
Versículos 6 a 9 – A ti, Senhor, clamo cada dia
“Puseste-me na cova mais profunda, na escuridão das profundezas. Tua ira pesa sobre mim; com todas as tuas ondas me afligiste. Afastaste de mim os meus melhores amigos e me tornaste repugnante para eles. Estou como um preso que não pode fugir; minhas vistas já estão fracas de tristeza. A ti, Senhor, clamo cada dia; a ti ergo as minhas mãos”.
Aqui, o salmista se encontra em profunda escuridão, sem previsão para deixar o abismo. Ele não apenas se sente distante de Deus, mas sozinho, longe de todos aqueles que ama.
Embora seus olhos já estejam cansados de tanto chorar, ele continua orando, e clamando ao Senhor por salvação.
Versículos 10 a 16 – Acaso os mortos se levantam e te louvam?
“Acaso mostras as tuas maravilhas aos mortos? Acaso os mortos se levantam e te louvam? Será que o teu amor é anunciado no túmulo e a tua fidelidade no Abismo da Morte? Acaso são conhecidas as tuas maravilhas na região das trevas e os teus feitos de justiça na terra do esquecimento? Mas eu, Senhor, a ti clamo por socorro; já de manhã a minha oração chega à tua presença.
Por que, Senhor, me rejeitas e escondes de mim o teu rosto? Desde moço tenho sofrido e ando perto da morte; os teus terrores levaram-me ao desespero. Sobre mim se abateu a tua ira; os pavores que me causas me destruíram”.
Nestes versículos, o salmista afirma que, caso morra, sua voz jamais poderá ser ouvida novamente a louvar pelo Senhor.
Versículos 17 e 18 – As trevas são a minha única companhia
“Cercam-me o dia todo como uma inundação; envolvem-me por completo. Tiraste de mim os meus amigos e os meus companheiros; as trevas são a minha única companhia”.
O Salmo chega ao fim com o salmista repetindo suas queixas do início, sem chegar a uma solução. Ele apenas tem olhos para o terror que assola sua vida, e crê que toda essa angústia provém do Senhor. Diz ainda que os amigos se afastaram dele, e que se sente só.
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