Perdão, otimismo e tolerância reduzem o risco de infarto
No Brasil e no mundo, o infarto do miocárdio e o acidente vascular cerebral (AVC), também conhecido como derrame, estão entre as principais causas de morte e de incapacitação. Ainda que existam muitas campanhas de prevenção destas doenças sendo promovidas, é cada vez mais frequente conhecermos pessoas que acabam morrendo em decorrência destas doenças.
Contudo, alguns grandes estudos feitos no mundo enumeraram que existem fatores de risco para estas doenças que podem ser controlados ou modificados. É sobre isso que vamos falar hoje.
Otimismo, perdão e tolerância
O InterHerart é um estudo que foi realizado em mais de 50 países que concluiu quais são nove das principais causas para que uma pessoa tenha um infarto: fumo, colesterol elevado, pressão alta, obesidade, diabetes, estresse, ingestão regular de álcool, sedentarismo e dieta ruim, com baixo consumo de frutas e verduras. Já o InterStroke, que foi realizado em 32 países, mostrou todas estas mesmas condições para o derrame, acrescentando à lista as doenças do coração.
Vale destacar que ambos os estudos reconheceram que os fatores emocionais e mentais também têm peso para que uma pessoa sofra um infarto ou um derrame, mas as pesquisas não avaliaram eles tanto quanto os demais perigos relacionados ao tipo de vida que este paciente têm.
O fato é que já sabemos que gerenciar melhor o estresse pode evitar até um terço dos infartos. E para saber como administrar isso, foram feitas novas pesquisas que procuram desvendar os aspectos da subjetividade e que se voltam para uma área que sempre foi muito ignorada pela ciência: o impacto que a espiritualidade tem em nossa saúde e bem-estar.
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Os achados neste sentido se mostram bastante contundentes o que faz com que o investimento no bem-estar psicológico e na procura pela paz interior desponte nos Estados Unidos, chegando a ponto de ser utilizada como estratégia para que se reduza em até 20% a incidência de infartos e de derrames no país até o ano de 2020.
Vale esclarecer aqui que quando falamos de espiritualidade não nos referimos a religião, que é um sistema de crenças, dogmas e rituais, ou de religiosidade, que são as condutas adotadas por aqueles que professam uma religião. A espiritualidade atua como algo mais abrangente e mais inclusivo, estando ela ligada a uma busca pessoal de um propósito para a vida e também para a transcendência. Por isso, ela inclui ateus, agnósticos, fiéis e crédulos.
Quando falamos de espiritualidade, falamos de um conjunto de sentimentos e de pensamentos e atitudes que norteiam a forma como as pessoas reagem a aquilo que elas enfrentam em seus cotidianos e nos seus relacionamentos interpessoais. É aí que entra o papel do otimismo e da tolerância para que seja possível diminuirmos incidências de infarto e de derrames, assim como outras doenças que possam ser reflexos de estresse acumulado.
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