Espiritismo e transexualidade –a visão da doutrina sobre o assunto
Espiritismo e transexualidade possuem uma relação sem julgamentos e preconceitos. Podemos perceber isto, através do livro escrito pelo Espírito Emmanuel e psicografado por Chico Xavier, no qual a transexualidade é tratada da seguinte forma: “A coletividade humana aprenderá, gradativamente, a compreender que os conceitos de normalidade e de anormalidade deixam a desejar quando se trate simplesmente de sinais morfológicos, para se erguerem como agentes mais elevados de definição da dignidade humana”.
Características sexuais dos Espíritos
Segundo os benfeitores espirituais, as características sexuais dos Espíritos fogem do entendimento humano, uma vez que os mesmos Espíritos animam os corpos de homens e mulheres. Para o Espírito, encarnar no corpo masculino ou feminino pouco importa. O que o guia na escolha são as provas pelas quais precisa passar. Também é importante que os espíritos vivam as duas experiências, na condição de homem e mulher. O Espírito precisa progredir em tudo, tanto em sexos diferentes como em posições sociais. Isso, lhes proporciona provações e deveres especiais e os faz ganharem experiência.
De acordo com o espírito Emmanuel, os espíritos passam por diversas encarnações, ora vindos como mulher, ora como homens. A passagem da experiência masculina para feminina, ou vice-versa, pode rejeitar as características do casulo físico atual, trazendo consigo traços do sexo que carrega por séculos. Ou seja, quando um espírito vive várias encarnações com o mesmo sexo, o processo de transição para o sexo oposto pode não ser fácil. Essa é uma das relações do espiritismo e transexualidade.
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Este assunto, vem sendo abordado em rede nacional, pela Rede Globo de televisão. Na novela “A Força do Querer”, de Glória Perez, a personagem de Carol Duarte vive um homem transexual, que é rejeitado pela família. É importante que este tema esteja em pauta, para que os homossexuais e transgêneros parem de sofrer e ser julgados.
O espiritismo e transexualidade são tratados de maneira natural. Assim como abordou Allan Kardec em uma revista Espírita, em janeiro de 1866: “É no mesmo propósito que os espíritos encarnam em sexos diferentes a fim de realizar os deveres de cada uma dessas posições, e sofrer-lhes as provas. Contudo, no decorrer das inúmeras existências, pode trazer estampada uma maior característica sexual, com predominância de uma das polaridades. Trata-se de um fato normal, observado rotineiramente”.
Precisamos seguir o exemplo da relação do espiritismo e transexualidade e tratar os transexuais com amor. A opção sexual de cada um não deve ser punida, ela não determina caráter e comportamento de ninguém. Assim como explica Chico Xavier “os erros e acertos dos irmãos de qualquer procedência, nos domínios do sexo e do amor, são analisados pelo mesmo elevado gabarito de Justiça e Misericórdia. Isso porque todos os assuntos nessa área da evolução e da vida se especificam na intimidade da consciência de cada um”.
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