Casamento Indígena – como é celebrado? Descubra!
Cada cultura e crença religiosa possui um ritual matrimonial diferente. Por mais que exista semelhanças, toda cerimônia tem suas particularidades. O Casamento Indígena é realizado através de costumes que variam de tribo para tribo. Os antigos Tupinambás e os atuais Xavantes por exemplo, admitem a poligamia, enquanto os Xoclengues praticam a poliandria (casamento grupal). Porém, a maior parte das tribos brasileiras é monogâmica.
Existem diferentes regras, que variam entre as tribos, como a permissão para um índio casar ou não com uma pessoa que não é índia. Na tribo dos Tinguis-Botós por exemplo, o casamento com pessoas não índias é permitido. Porém, aquele índio é impedido de continuar residindo na tribo. É importante ressaltar que a pessoa branca não passa a ser índia por ter casado com um indígena.
Para realizar o Casamento Indígena, algumas tribos perpetuam rituais religiosos semelhantes ao da Igreja Católica. Enquanto outras, apenas festejam o casamento de líderes como Pajé ou Cacique. Existem tribos que até permitem casamentos em igrejas e fazem uma cerimônia exclusiva para os índios na tribo em outro determinado momento. Na maior parte das culturas indígenas, homens e mulheres só estão prontos para o casamento depois que passam por rituais que comprovam que são realmente adultos.
A celebração do Casamento Indígena
A celebração do Casamento Indígena possui rituais incríveis, que variam de acordo com a tribo e o momento da história em que ela se localiza. Geralmente, a cerimônia do casamento acontece ao ar livre e é celebrada pelos anciãos da tribo. Possuem duração bem maior do que casamentos da cultura do homem branco.
Apesar dos rituais serem diversificados entre as tribos, as cerimônias aborígenes têm em comum o alto nível de espiritualidade e misticismo no evento. O casamento acontece por iniciativa dos pais da noiva e as mulheres costumam se casar bem mais novas do que os homens.
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Como parte da cerimônia indígena, é levado ao casal ainda jovem um paparuto – alimento típico da tribo Krahô-, que tem a finalidade de ser entregue e trocado entre os pais de ambas as famílias. A troca dos paparutos ocorre até o nascimento do primeiro filho do casal. Isso demonstra que a cerimônia indígena – o casamento ao ar livre, ritos de passagem, entre outros – dura muito mais do que uma noite.
O dia da celebração do casamento em si, é repleto de música e danças típicas, feitas por todos os membros da tribo em volta do casal. Os recém-casados são iluminados por uma fogueira, que desperta um clarão na escuridão da noite.
Em algumas tribos como os Kaiowas ou dos Tamoios, os anciãos preparam uma resina colorida para o dia da cerimônia, que é aplicada nos braços da noiva simbolizando a passagem para uma nova fase em sua vida.
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