3 tipos de Espada-de-São-Jorge: conheça as principais diferenças
Língua-de-sogra, rabo-de-lagarto, sanseviéria: você conhece essa planta? De origem africana, a tão popular Espada-de-São-Jorge é uma das plantas mais cultivadas e difundidas em território brasileiro, principalmente no quesito religiosidade. Associada a Orixás do candomblé e também ao seu sincretismo no catolicismo, a planta é conhecida por englobar entre 130 e 140 espécies diferentes, onde todas continuam fazendo parte da família sansevieria trifasciata, cada uma com seu significado particular.
Tipos de Espada-de-São-Jorge: 3 poderes indispensáveis
Ainda que logo acima tenhamos dito que os tipos de Espada-de-São-Jorge podem ser abrangidos largamente em 140 espécies distintas, existem três apresentações particulares da planta, as quais são popularmente cultivadas e associadas à Ogum, São Jorge, Santa Bárbara e Iansã em rituais diversos.
Em sua morfologia, a planta é diferenciada por dois tipo: as espécies de folhas duras e suculentas, e aquelas de folhas moles e mal adaptadas às condições de severas estiagens. Entretanto, todas se assemelham e geralmente nascem em um formato rosáceo, crescendo em suas “espadas” lentamente, mas podem dividir opiniões e crenças. Veja como essa separação acontece.
Espada-de-São-Jorge
Para os menos familiarizados com o tema, é comum que todas as espécies sejam chamadas de São Jorge, devido às diferenças morfológicas mínimas. Na umbanda e no candomblé, a planta está associada aos poderes de Ogum, o orixá da guerra e da coragem, além de ser o protetor das casas e dos templos.
Morfologicamente, a Espada-de-São-Jorge possui folhas rígidas, verticais e pontiagudas, que podem alcançar até um metro de altura. A coloração predominante é o verde, por toda a sua extensão, mas as folhas frequentemente apresentam manchas ou listras em tons variados, que podem incluir amarelo e branco. Essa diversidade de padrões torna cada planta única e visualmente interessante.
Espada-de-Santa-Bárbara
Também conhecida como Espada de Iansã por praticantes do Candomblé e Umbanda, a Espada-de-Santa-Bárbara é uma variação da planta amplamente utilizada em rituais com finalidades semelhantes.
No catolicismo, Santa Bárbara é invocada para proteção contra raios, trovões e tempestades. Já Iansã, a orixá sincretizada com Santa Bárbara, governa os ventos e as consequências do mau tempo, desempenhando um papel similar ao da santa católica. Além disso, Iansã é reverenciada por sua força e capacidade de reger os espírito dos mortos.
Morfologicamente, suas folhas são idênticas às da Espada-de-São-Jorge, com a diferença sutil de bordas amarelas que se estendem da raiz até as pontas.
Lança-de-São-Jorge
Falando novamente sobre São Jorge e Ogum, a Lança-de-São-Jorge é outra fascinante variação da Espada-de-São-Jorge, por assim dizer. Conhecida cientificamente como Sansevieria cylindrica, esta planta pertence à família das sanseviérias, mas se destaca das demais por seu formato pontiagudo, remetendo a uma lança — já que as folhagem são fechadas, em formato cilíndrico.
Como escolher entre os tipos de Espada-de-São-Jorge?
As sansevierias, popularmente conhecidas como Espada-de-São-Jorge, apresentam diversas variações que, além de serem diferenciadas por suas características botânicas, também possuem significados distintos em contextos religiosos e espirituais. Entre as principais variações, encontram-se a Espada-de-São-Jorge, a Lança-de-São-Jorge e a Espada-de-Santa-Bárbara, todas usadas com fins semelhantes, apesar de serem associadas a diferentes divindades: proteção do lar e afastamento do mau-olhado.
A morfologia dessas plantas, lembrando lanças e espadas, é atribuída simbolicamente ao corte de energias negativas. Isso se reflete tanto em rituais religiosos quanto em práticas como o Feng-Shui. A forma alongada e pontiaguda das folhas simboliza a capacidade de cortar males e proteger o lar, a família e as conquistas dos moradores.
Nestes casos, tal formato é utilizado simbolicamente para cortar todos os males que possam atentar contra o seu lar, sua família ou suas conquistas. Aos que possuem fé em São Jorge, entretanto, a planta que leva seu nome pode claramente ser dedicada à divindade — bem como Ogum, com a finalidade de demonstrar coragem, e lutar bravamente contra o mal.
Para os filhos de Iansã, ou devotos da mártir Santa Bárbara, a planta poderá ser utilizada normalmente em frente à sua casa ou em um jardim próximo para lhe fornecer mais proteção e coragem para lidar com quaisquer adversidades.
Cuidados e Precauções
Apesar de sua fama protetora, é importante ter cautela ao escolher o local onde serão colocadas. Manter qualquer tipo de Espada-de-São-Jorge dentro de casa não é recomendado. O formato pontiagudo de suas folhas pode estimular desavenças no ambiente familiar ou até aumentar a agressividade dos moradores. Portanto, o ideal é colocá-las na entrada ou em jardins externos, onde podem cumprir sua função protetora sem influenciar negativamente a energia interna do lar.
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