Salmo 74: livre-se da angústia e ansiedade
Todos nós passamos por momentos de angústias e ansiedades, o que nos faz ficar com um temperamento mais difícil de ser lidado pelos que nos cercam; sejam eles familiares, amigos ou colegas de trabalho. Deste modo, sem a paz de espírito e os preciosos salmos do dia passamos a desenvolver dificuldades para dormir, baixa da imunidade e, por consequência nos tornamos mais suscetíveis a doenças, deixando de aproveitar a vida e trazendo um convívio mais difícil para com todos. Neste artigo iremos nos debruçar sobre o significado e a interpretação do Salmo 74.
Salmo 74: o poder dos Salmos contra a ansiedade
Conhecido como o coração do Antigo Testamento, o livro de Salmos é o maior de toda a Bíblia Sagrada e o primeiro a citar claramente o reinado de Cristo, bem como os acontecimentos do Juízo Final.
Baseados em declarações ritmadas, cada um dos Salmos possui uma finalidade para cada momento da vida. Existem salmos para curar, para adquirir bens, para a família, para livrar-se de medos e fobias, para proteção, para ter sucesso no trabalho, ir bem em uma prova, entre muitos outros. No entanto, a forma mais correta de se entoar um salmo é quase cantando, obtendo assim, o resultado desejado.
Recursos de cura para o corpo e a alma, os Salmos do dia tem o poder de reorganizar toda a nossa existência. Cada Salmo tem seu poder e, para que ele se torne ainda maior, possibilitando que seus objetivos sejam atingidos em sua plenitude, o Salmo escolhido deve ser recitado ou cantado por 3, 7 ou 21 dias seguidos.
Conectar-se ao divino pode certamente trazer mais alento aos nossos corações e assim reduzir ansiedades. Situações emocionais diversas podem nos trazer a esse problema, sejam coisas positivas como uma nova paixão ou novos desafios no trabalho, ou negativas como medo, fobias e tantas outras que nos trazem fortes impactos emocionais.
Essa ansiedade dificulta nossas capacidades de concentração e de discernir qual a melhor saída para o problema, o que gera ainda maiores níveis deste sentimento destrutivo. Essa é a melhor hora para recorrer aos salmos do dia, se conectar com os céus e procurar a paz de espírito necessária para enxergar com clareza a melhor solução para os problemas.
Salmos do dia: livre-se da ansiedade com o Salmo 74
O Salmo 74 nos ajuda através do espírito a combater nossa tristeza, nossa ansiedade e nossas angústias. Ele chama a atenção de forma atemporal o seu povo, destacando questionamentos muito relevantes da vida cristã. Com fé e coração aberto, entoe este Salmo e sinta o peso de esvaindo de seu ser.
Ó Deus, por que nos rejeitaste para sempre? Por que se acende a tua ira contra as ovelhas do teu pasto?
Lembra-te da tua congregação, que compraste desde a antiguidade; da vara da tua herança, que remiste; deste monte Sião, em que habitaste.
Levanta os teus pés para as perpétuas assolações, para tudo o que o inimigo tem feito de mal no santuário.
Os teus inimigos bramam no meio dos teus lugares santos; põem neles as suas insígnias por sinais.
Um homem se tornava famoso, conforme houvesse levantado machados, contra a espessura do arvoredo.
Mas agora toda obra entalhada de uma vez quebram com machados e martelos.
Lançaram fogo no teu santuário; profanaram, derrubando-a até ao chão, a morada do teu nome.
Disseram nos seus corações: Despojemo-los duma vez. Queimaram todos os lugares santos de Deus na terra.
Já não vemos os nossos sinais, já não há profeta, nem há entre nós alguém que saiba até quando isto durará.
Até quando, ó Deus, nos afrontará o adversário? Blasfemará o inimigo o teu nome para sempre?
Porque retiras a tua mão, a saber, a tua destra? Tira-a de dentro do teu seio.
Todavia Deus é o meu Rei desde a antiguidade, operando a salvação no meio da terra.
Tu dividiste o mar pela tua força; quebrantaste as cabeças das baleias nas águas.
Fizeste em pedaços as cabeças do leviatã, e o deste por mantimento aos habitantes do deserto.
Fendeste a fonte e o ribeiro; secaste os rios impetuosos.
Teu é o dia e tua é a noite; preparaste a luz e o sol.
Estabeleceste todos os limites da terra; verão e inverno tu os formaste.
Lembra-te disto: que o inimigo afrontou ao Senhor e que um povo louco blasfemou o teu nome.
Não entregues às feras a alma da tua rola; não te esqueças para sempre da vida dos teus aflitos.
Atende a tua aliança; pois os lugares tenebrosos da terra estão cheios de moradas de crueldade.
Oh, não volte envergonhado o oprimido; louvem o teu nome o aflito e o necessitado.
Levanta-te, ó Deus, pleiteia a tua própria causa; lembra-te da afronta que o louco te faz cada dia.
Não te esqueças dos gritos dos teus inimigos; o tumulto daqueles que se levantam contra ti aumenta continuamente.
Interpretação do Salmo 74
Versículos 1 a 3 – Por que se acende a tua ira contra as ovelhas do teu pasto?
“Ó Deus, por que nos rejeitaste para sempre? Por que se acende a tua ira contra as ovelhas do teu pasto? Lembra-te da tua congregação, que compraste desde a antiguidade; da vara da tua herança, que remiste; deste monte Sião, em que habitaste. Levanta os teus pés para as perpétuas assolações, para tudo o que o inimigo tem feito de mal no santuário”.
Diante de alguns momentos de aflição, muitos fiéis têm a sensação de que foram abandonados por Deus. Entretanto, aqui há uma afirmação por parte do salmista, que acredita que Deus é o único a quem pode recorrer, e que Ele o ouvirá.
O salmista sabe que, no fundo, em sua relação de verdade com o Senhor, pode argumentar e conversar para que Ele transforme a situação, por mais desesperadora que ela seja.
Versículos 4 a 8 – Lançaram fogo no teu santuário
“Os teus inimigos bramam no meio dos teus lugares santos; põem neles as suas insígnias por sinais. Um homem se tornava famoso, conforme houvesse levantado machados, contra a espessura do arvoredo. Mas agora toda obra entalhada de uma vez quebram com machados e martelos. Lançaram fogo no teu santuário; profanaram, derrubando-a até ao chão, a morada do teu nome. Disseram nos seus corações: Despojemo-los duma vez. Queimaram todos os lugares santos de Deus na terra”.
Aqui, o salmista passa a narrar todo o terror pelo qual passaram. Relata a tragédia, faz denúncias e se queixa de tamanha crueldade.
Versículos 9 a 11 – Blasfemará o inimigo o teu nome para sempre?
“Já não vemos os nossos sinais, já não há profeta, nem há entre nós alguém que saiba até quando isto durará. Até quando, ó Deus, nos afrontará o adversário? Blasfemará o inimigo o teu nome para sempre? Porque retiras a tua mão, a saber, a tua destra? Tira-a de dentro do teu seio”.
Logo em seguida, há uma demonstração de toda a sua tristeza e indignação, pois Deus não impediu que a maldade acontecesse. Por outro lado, é importante compreender que, quando tragédias acontecem, amadurecemos e evoluímos de alguma forma e, assim, compreendemos a decisão do Senhor. Por mais contraditório que tudo pareça, é assim que chegamos mais perto da Verdade.
Versículos 12 a 17 – Teu é o dia e tua é a noite
“Todavia Deus é o meu Rei desde a antiguidade, operando a salvação no meio da terra. Tu dividiste o mar pela tua força; quebrantaste as cabeças das baleias nas águas. Fizeste em pedaços as cabeças do leviatã, e o deste por mantimento aos habitantes do deserto. Fendeste a fonte e o ribeiro; secaste os rios impetuosos. Teu é o dia e tua é a noite; preparaste a luz e o sol. Estabeleceste todos os limites da terra; verão e inverno tu os formaste”.
A partir do momento em que admitimos e compreendemos a decisão do Senhor, em permitir que a crueldade ocorresse, devemos nos aproximar ainda mais Dele, e não nos afastar. Lembre-se sempre de que Ele é Deus, criador do céu e da terra, e devemos reconhecer o Seu poder e todas as bênçãos que já nos concedeu ao longo da vida.
Versículos 18 a 23 – Levanta-te, ó Deus, pleiteia a tua própria causa
“Lembra-te disto: que o inimigo afrontou ao Senhor e que um povo louco blasfemou o teu nome. Não entregues às feras a alma da tua rola; não te esqueças para sempre da vida dos teus aflitos. Atende a tua aliança; pois os lugares tenebrosos da terra estão cheios de moradas de crueldade. Oh, não volte envergonhado o oprimido; louvem o teu nome o aflito e o necessitado.
Levanta-te, ó Deus, pleiteia a tua própria causa; lembra-te da afronta que o louco te faz cada dia. Não te esqueças dos gritos dos teus inimigos; o tumulto daqueles que se levantam contra ti aumenta continuamente”.
A partir do momento em que o salmista se recorda da grandeza e benevolência do Senhor, ele se fortalece, encontra ânimo, e insiste para que Deus tome uma atitude quanto aos Seus inimigos e vingue seu povo.
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