Projeto Ecopet recolhe tampinhas para ajudar animais de rua
Idealizado por Natália de Carvalho Nadi, em 2016, o projeto Ecopet arrecada tampinhas de plástico, seja de garrafas pet, produtos de higiene, remédios, leite, amaciante, iogurtes, ou qualquer outro produto, para vender à reciclagem em Santa Catarina (SC). Com o dinheiro arrecadado, o projeto tem como objetivo de castrar os animais em situação de rua e também evitar abandonos.
Ecopet – solidariedade animal
Natália contribuía para um projeto em Caxias do Sul (RS) – sua terra natal – chamado Engenharia Solidária, que também recolhe tampinhas para doar às ONGs e instituições protetoras independentes. Após sua mudança para Florianópolis, pensou que poderia continuar fazendo a diferença. Foi então que começou o Ecopet. Passou a reunir informações, procurar instituições que faziam a reciclagem do material, buscar parcerias no comércio, agropecuárias e veterinárias.
Atualmente o projeto conta com inúmeras instituições parceiras e voluntários. Também se expandiu para as cidades de São José, Palhoça e Biguaçu, além é claro de Florianópolis. São mais de 300 pontos de coletas de tampinhas – 262 em Florianópolis, 52 em São José, 44 em Palhoça e 11 em Biguaçu -, incluindo estabelecimentos comerciais e instituições de ensino.
“Podemos julgar o coração de um homem pela forma como ele trata os animais.”
Natália acredita que o projeto “além de incentivar atitudes de sustentabilidade, é uma forma mais eficiente de reduzir a grande quantidade de animais abandonados e novas reproduções”, comentou durante uma entrevista para o Portal G1. Para se ter uma ideia, são necessários cerca de 120 kg de tampinhas para conseguir castrar um cachorro de 15kg.
projeto Ecopet conta com uma lista de animais cadastrados para as castrações. As famílias carentes que desejam realizar o procedimento no seu animal de estimação, pode entrar em contato através da página oficial do projeto no Facebook e Instagram. Além do Ecopet, a prefeitura de Florianópolis faz o controle populacional de animais pela castração desde 2005 por uma questão de saúde pública.
Além da castração, o Ecopet também utiliza o material reciclado para fazer obras de arte. Dois voluntários, Andreia e Saul Pavanatti, criaram dois painéis com 15 mil tampinhas no próprio muro da casa onde moram. “Sempre fui preocupada com a situação dos animais abandonados e também com a questão da reciclagem para o meio ambiente. Como faço artesanato pesquisei na internet uma forma de utilizar o material para unir os dois temas”, contou Andreia para o Portal G1.
É importante destacar que muitas pessoas ficam receosas com a castração de seus animais, mas o método é supereficiente e ajuda a evitar outros problemas além da reprodução, como por exemplo, a redução da demarcação, fugas, agressividade, riscos de câncer, etc. Para maiores informações acerca da castração, basta procurar um veterinário.
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