A espiritualidade da maternidade
A parentalidade está totalmente ligada universo espiritual. Quando digo parentalidade, significa que tanto o pai quanto a mãe que nascem com a chegada de um bebê vão se beneficiar dos aspectos espirituais que trazer alguém ao mundo desperta em nós. A visão do que é segurança, de como enxergamos o mundo e até mesmo o amor é ressignificado. Tudo muda. Entretanto, a mãe tem alguma vantagem nessa proporção. A mulher é preparada espiritualmente para a chegada da criança, tanto no corpo energético quanto no físico; a espiritualidade da maternidade é avassaladora.
“Ser mãe é se deixar ser tocada pela mão de Deus”
A gravidez é o momento em que a mulher fica mais próxima de Deus. A vida, um dos processos mais sublimes da natureza divina, acontece dentro dela e através dela. A vida é espiritual, logo, a gravidez é um processo que conecta a mulher com a espiritualidade. E o que acontece após o nascimento de um filho promove um crescimento tão grande, que chega a ser a única missão de muitas almas que encarnam na Terra.
Mudanças energéticas drásticas
Não só durante a gravidez a mulher é impactada pelas energias fortes do astral. Quando tudo vai bem, uma vez por mês o corpo feminino se prepara para gerar uma criança, e nesse processo não só os hormônios são afetados e geram sintomas. Toda uma carga energética é recebida, pois, para que exista esse intercâmbio entre o físico e o espiritual que uma possível gravidez exige, é necessário que portais se abram e exista uma conexão maior com a espiritualidade. A TPM, como você pode ver neste outro artigo, está muito ligada às energias e as influências espirituais. A mulher é uma médium por natureza.
“A força da maternidade é maior que as leis da natureza”
Durante a gravidez, esse canal, essa ligação entre o mundo físico e espiritual fica escancarada. O elo de ligação entre a mãe e o bebê se dá antes da gravidez, pois uma vida, uma nova consciência é acoplada na aura da mulher e causa um impacto muito forte na vibração padrão da mãe. Os chakras funcionam de outra forma, ficam ativas áreas que antes estavam adormecidas e a comunicação com a espiritualidade se intensifica. Os mentores acompanham tudo muito mais de perto e a mulher que carrega no ventre uma vida recebe uma proteção especial do mundo astral. As mudanças de humor, as sensações embaralhadas e as emoções à flor da pele sentidas durante uma gestação extrapolam o esforço físico do corpo e a dança dos hormônios que produz vida. Essa é a primeira e uma das mais fortes ligações que existem entre a maternidade e a espiritualidade.
“Uma e outra coisa. A natureza deu à mãe o amor a seus filhos no interesse da conservação deles. No animal, porém, esse amor se limita às necessidades materiais; cessa quando desnecessário se tornam os cuidados. No homem, persiste pela vida inteira e comporta um devotamento e uma abnegação que são virtudes. Sobrevive mesmo à morte e acompanha o filho até no além-túmulo”
Mudança na visão de mundo
No primeiro segundo que uma mãe segura seu bebê no colo, começa uma transformação profunda dentro dela. A visão de mundo que ela tinha até aquele momento está totalmente ameaçada e logo tudo será transformado. Nada será como antes. Os objetivos, a definição de segurança, as prioridades e o significado da vida ganham novas perspectivas. Aquela mãe que antes gostava de esportes radicais, pode sentir uma necessidade maior de se preservar. Quem fumava, geralmente larga o vício. As compras de supermercado tendem a ficar mais saudáveis, não pela questão estética, mas sim pela melhora da saúde. Quem tem filhos deseja mais do que ninguém uma vida longa. Se antes o trabalho era importantíssimo, no momento em que viramos mãe ele se torna uma parte, o mecanismo que vai permitir dar ao filho o que ele merece e na mesma medida do amor que é sentido.
Nada mais derruba uma mãe. Se o filho está bem, qualquer coisa pode ser superada. Ela pode cair, claro, pois continua sendo humana e a vida não é fácil. Mas desde que o filho esteja bem, essa mãe rapidamente levanta, porque nada pode ser tão ruim quanto a perda de um filho. Se o filho tem saúde, ali está a força sem fim de cada uma das mães. O abandono da individualidade que a maternidade exige e o profundo amor que ela instala no coração promovem um crescimento espiritual fenomenal. Ela é, sem dúvida nenhuma, um acelerador de evolução na encarnação. O amadurecimento de uma mulher quando se torna mãe é visível e ele se dá pelo caminho espiritual, pelo entrelaçamento de vidas que a maternidade proporciona, evidenciando a espiritualidade da maternidade.
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Participação na Roda de Samsara
Quem dá a luz está participando da Roda de Samsara. A roda das encarnações não para e estamos à serviço dela aqui na Terra. Trazer alguém ao mundo é dar uma nova oportunidade para uma consciência que deseja aqui encarnar, para resgatar karmas, corrigir erros do passado e evoluir espiritualmente. Há casos também em que a alma que encarna não vem aprender, mas sim ensinar, às vezes apoiar e socorrer. Antigas ligações energéticas são restabelecidas e muito se pode aprender com essa relação tão próxima.
“Por intermédio da paternidade e da maternidade, o homem e a mulher adquirem mais amplos créditos da Vida Superior. Daí, as fontes de alegria que se lhes rebentam do ser com as tarefas da procriação. Os filhos são liames de amor conscientizado que lhes granjeiam proteção mais extensa do Mundo Maior, de vez que todos nós integramos grupos afins”
Temos a clara visão desse conceito quando observamos qualquer família comum. Os conflitos são a fase da relação em família, independente da intensidade que aconteçam. Alguns grupos familiares são mais instáveis e disfuncionais, enquanto outros conseguem preservar a harmonia e conviver melhor. Mas, grosso modo, podemos dizer que é na família que enfrentamos nossos maiores conflitos, seja pelo amor ou pela dor. A família e o nosso grupo-carma são o palco central da nossa jornada de evolução. E é justamente em torno da figura da mãe que quase tudo acontece e é a perda dela a maior dor que podemos ter na vida, depois da perda de um filho. Perder a mãe é perder um pedaço de si, uma dor indizível e que infelizmente chega para todos. Nossa ligação espiritual com a mãe é enorme e não é por acaso; é assim que deve ser.
A importância da escolha
A maternidade e a espiritualidade estão intimamente ligadas, tanto quanto a falta de vontade de ser mãe. Existe uma pressão social construída ao longo de anos de uma cultura patriarcal, que diz que a mulher nasce para ser mãe, sendo essa sua única função possível e da qual ela deve extrair toda sua satisfação e sentido de vida. Mas não é bem assim que funciona e nem todas as mulheres desejam ou foram programadas para a maternidade.
Primeiro que nenhuma criança deveria nascer onde não é bem-vinda. Uma mulher que não deseja ser mãe, certamente não será uma boa mãe. Segundo que, por mais maravilhosa que possa ser a maternidade, nem todas as programações reencarnatórias têm incluídas a maternidade. Existem consciências quem vem aprender outros valores, que vem somente para trabalhar ou viver uma vida mais espiritualizada e dedicada a Deus. Outras, escolhem o próximo como objetivo de vida, dedicando todo seu tempo a ajudar quem sofre. Há casos onde a evolução espiritual necessária na encarnação não envolve a maternidade. As possibilidades de aprendizado na matéria são infinitas e não se resumem a maternidade. Ou a parentalidade em geral, para incluir nesse conceito também os homens.
Formar uma família não é o destino de todos, e está tudo bem. Nem toda mulher deseja ser mãe e não há nada de errado com isso. Ela não deixa de cumprir sua missão quando toma essa decisão, pelo contrário, talvez seja essa decisão que a faça cumprir com o que foi aceito como plano de vida ainda no mundo espiritual. Julgamentos e exigências neste sentido são totalmente mundanas, nocivas, distantes do entendimento de como funciona a espiritualidade e devem ser evitadas a todo custo. É preciso conscientizar a sociedade em geral de que nem toda mulher quer ou deve se tornar mãe. O primeiro conceito que aprendemos em quase todas as doutrinas é a liberdade de escolha, o livre arbítrio que Deus deu a todos para que sejamos livres para escolher. E ele deve ser respeitado.
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Poema sobre a maternidade
Para fechar o artigo, deixo aqui um poema sobre a maternidade psicografado por Chico Xavier, com a ajuda do orientador chamado Meimei:
“Quando o Pai Celestial precisou colocar na Terra as primeiras criancinhas, chegou à conclusão de que devia chamar alguém que soubesse perdoar infinitamente. De alguém que não enxergasse o mal. Que quisesse ajudar sem exigir pagamento. Que se dispusesse a guardar os meninos, com paciência e ternura, junto do coração. Que tivesse bastante serenidade para repetir incessantemente as pequeninas lições de cada dia. Que pudesse velar, noites e noites, sem reclamação. Que cantarolasse, baixinho, para adormecer os bebês que ainda não podem conversar. Que permanecesse em casa, por amor, amparando os meninos que ainda não podem sair à rua. Que contasse muitas histórias sobre a vida e sobre o mundo. Que abraçasse e beijasse as crianças doentes. Que lhes ensinasse a dar os primeiros passos, garantindo o corpo de pé. Que os conduzisse à escola, a fim de que aprendessem a ler.
Dizem que nosso Pai do Céu permaneceu muito tempo, examinando, examinando… e, em seguida, chamou a Mulher, deu-lhe o título de Mãezinha e confiou-lhe as crianças. Por esse motivo, nossa Mãezinha é a representante do Divino Amor no mundo, ensinando-nos a ciência do perdão e do carinho, em todos os instantes de nossa jornada na Terra. Se pudermos imitá-la, nos exemplos de bondade e sacrifício que constantemente nos oferece, por certo seremos na vida preciosos auxiliares de Deus”
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