Conheça 5 formas de estimular o autoconhecimento infantil

Não somos o que os outros pensam de nós

Crer que somos o que os outros dizem sobre nós é algo muito comum na mentalidade infantil e isso permanece quando nos tornamos adultos. Em determinadas idades, as crianças colocam rótulos em tudo, inclusive em pessoas. Inicialmente, essas rotulações podem parecer uma estratégia essencial para nosso relacionamento com o mundo. Porém, prejudicam o reconhecimento de nossa própria identidade. Assim, acabamos crendo que somos altos, gordos, bonitos ou inteligentes, como nos rotulam. Isso claramente não define uma pessoa, mas tende a determinar seus comportamentos e pensamentos, subordinados aos rótulos e expectativas exteriores.

As crianças precisam entender que, assim como elas possuem um universo interior distinto, os outros também o tem. Se elas compreenderem que seu amigo de classe não é apenas “ o melhor em matemática”, mas também alguém que sente, ri, pensa e chora, daremos um grande passo para o autoconhecimento infantil.

Nossas emoções não podem nos governar

As crianças precisam entender que antes que uma emoção nos afete fortemente, como o descontentamento, tivemos vários sinais e esse sentimento se mostrou em diferentes níveis. Isso pode ser explicado através da metáfora da receita. Ela consiste em fazer com que a criança reflita sobre o sabor de suas emoções e, pouco a pouco, reconheça naturalmente os ingredientes. É possível começar pelo início ou pelo fim, ou seja, com o prato já cozido ou cru, mostrando cada particularidade ou ingrediente que formam o sabor de determinada emoção.

Nossos propósitos não são o que nos define, mas sim nossas atitudes

É corriqueiro fazermos a pergunta: o que você vai ser quando crescer? Assim, a crianças respondem: enfermeiro, médico, professor, astronauta, etc. Depois, como se já não fosse satisfatório, questionamos por que fizeram essa escolha. Querer crescer e ser adulto é uma brincadeira de criança. Mas, isso não deve nos definir. As crianças precisam entender que não somos apenas aquilo que sonhamos ser, estamos construindo nossa identidade constantemente.

Portanto, é importante deixar claro para elas, que suas atitudes vão formar o futuro, não as suas ambições ou expectativas. Precisamos fazê-las explorar mentalmente suas possibilidades e o caminho que deverá ser percorrido para isso, incentivando sempre uma atitude proativa. Isso vai ajuda-las a não travarem diante de si mesmas.

Reserve um tempo para pensar a cada dia

Ser apta a reconhecer suas emoções e seus pensamentos vai ajudar a criança a desenvolver habilidades sócio emocionais de forma adequada. Porém, para que os filhos atinjam esse estágio de desenvolvimento emocional é preciso investir tempo e esforço. A primeira atitude a ser tomada é evitar contaminá-los com a pressa e os maus hábitos da vida adulta.

Precisamos permitir que a criança adquira o hábito de refletir diariamente sobre o que fez, como se sentiu, quais são as coisas que te fazem sentir bem e o que devem fazer para consegui-las. Simplesmente convide-a para um jogo de pensar sobre o dia, suas habilidades e seus gostos. Uma forma de fazer isso é estabelecer uma analogia entre a mente e uma máquina de pensar, fazendo com que ela compreenda a importância de se voltar para seu interior.

Fomente a criatividade para estimular o autoconhecimento infantil

Busque atingir seu sentimento de identidade, uma vez que isso faz parte de qualquer cultura. Desde pequenas, as pessoas têm uma história para contar. Escolha uma determinada história e adapte-a para o que você deseja enfatizar. Narre os acontecimentos falando sobre cada personagem e vivência, faça pausas, surpresas e mude sem tom de voz. O objetivo é fazer com que a criança se envolva com a história.

Conte sua história em um ambiente tranquilo e sem interrupções, enfatizando o que for necessário para a criança assimilar o que está ouvindo. No fim, pergunte a ela do que gostou, qual situação a deixou feliz, o que a deixou triste e o que ela mudaria na história. Despertar emoções na criança fará ela desenvolver a empatia, se colocar no lugar dos outros. Este exercício também é uma forma de fazer a criança refletir sobre diferentes situações, levando-a a pensar no que faria diferente.